Zambelli volta atrás e "desconvida" apoiadores para ato pró-Dallagnol

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se envolveu em nova polêmica nas redes sociais, nesta sexta-feira (26/5).

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De licença médica da Câmara dos Deputados, a parlamentar convocou apoiadores para o protesto. No entanto, o movimento de Zambelli não foi combinado com Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente não pretende integrar nenhuma mobilização em favor de Dallagnol. Sem o aval dele, a deputada foi alvo de inúmeras críticas de apoiadores.

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Entre eles Fábio Wajngarten, assessor de Bolsonaro. "Faz-se mais do que necessário avaliar quem esteve de fato ao lado do governo nos últimos quatro anos antes de sair apoiando e promovendo manifestação oportunista. A direita teima em ser vagão e rebocada por quem nunca conseguiu ser locomotiva", escreveu o ex-secretário, nas redes sociais.

Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, Bolsonaro não quer confronto com Alexandre de Moraes neste momento nem estender a mão para Dallagnol, que, na visão do ex-presidente, não fez nada por sua tentativa de reeleição.

Por causa da repercussão negativa, Zambelli voltou atrás nesta sexta e publicou um vídeo explicando “por que cancelar a manifestação”.

“Surgiu um fato novo de que o presidente Bolsonaro pediu, pessoalmente, para não fazer manifestação. Não quer manifestação, não é para fazer manifestação? Ok. Erramos em não conversar com o Bolsonaro antes, agora não está certo sair fazendo videozinho me chamando de ‘traidora'”, criticou a deputada.

Ela aproveitou para se defender e reiterar os motivos pelos quais considera importante ir às ruas em defesa do parlamentar.

“A gente está sentindo uma vontade nas redes sociais de ir pras ruas […] É uma manifestação sobre a liberdade e justiça, não só pelo Deltan, mas pelo mandato parlamentar também do Nikolas Ferreira, da Bia Kicis, do Flávio Bolsonaro, do Eduardo Bolsonaro, do Ricardo Salles, do meu… São vários deputados que têm processos aí. […] A gente não pode deixar que o TSE casse o mandato de um deputado sem a gente mostrar uma insatisfação”, prosseguiu.

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Em seguida, aproveitou o espaço para elogiar o ex-procurador da República cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Segundo ela, Dallagnol foi um “excelente, ativo e responsável” deputado.

Dallagnol ainda pode recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, perde o cargo, ou seja, ele é ex-deputado federal. Os votos recebidos por ele na eleição não são anulados, mantendo-se o cômputo dos votos em favor da legenda do candidato.

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