Sem detalhar motivação, atirador de Aracruz disse que sofria bullying
“O adolescente alegou que nunca tinha cometido ato infracional anterior e que durante a vida estudantil teria sofrido bullying de alguns colegas, teriam chamado de apelidos e situações que o incomodaram”, relatou o delegado André Jaretta em coletiva nesta segunda-feira (28/10).
Suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas 4Suspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoasSuspeito de invadir escolas no Espírito Santo e matar três pessoas 3espirito-santo-vitimasvitima selena ataque tiros aracruz espirito santoprofessor filosofia aracruz espirito santofoto-vitima-atirador-espirito-santofoto-vitima-atirador-espirito-santofoto-vitima-atirador-espirito-santocoletiva imprensa aracruz espirito santo (1)coletiva imprensa aracruz espirito santo (2)0“A partir disso, ele passou a pensar sobre cometer um atentado. Isso em momento algum foi revelado. Ele não falava com terceiros. Foi alimentando esse sentimento de ódio no interior dele”, disse ainda o investigador da Polícia Civil do Espírito Santo.
Investigações iniciais já comprovaram que o adolescente tinha simpatia por ideias nazistas. Ele cometeu o ataque usando um uniforme militar com uma suástica nazista costurada no braço. A polícia não detalhou, mas confirmou que no celular do atirador há evidências relacionadas ao nazismo.
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Introspectivo
O perfil do adolescente de 16 anos é descrito como introspectivo. Ele parou de estudar há cerca de seis meses. Estava no primeiro ano do Ensino Médio. Dos dois colégios escolhidos como alvos do atentado, o jovem já estudou em um deles e votou no outro.
Além disso, de acordo com o delegado André Jaretta, o adolescente fazia tratamento psiquiátrico e psicológico. Os pais disseram que decidiram procurar um especialista quando perceberam que o filho não tinha intimidade com eles e ficava muito calado.
Treino de tiro
O pai do atirador é um tenente da Polícia Militar. As duas armas usadas no crime, uma pistola e um revólver, são do próprio pai, sendo a primeira de propriedade do Estado.
A Polícia Civil investiga se o pai treinava tiro com o filho. O atirador disse em depoimento que manuseava as armas quando ficava sozinho em casa.
No entanto, o delegado afirmou que ainda não é possível saber se o adolescente já havia dado um disparo antes do atentado. No celular e computador foi possível ver que o menor pesquisava sobre armas de fogo.
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