Ministro do STF suspende nomeação de Ramagem para a PF: repercussão
Decisão foi tomada por Alexandre de Moraes. Ex-diretor da Abin e amigo da família Bolsonaro, Ramagem foi escolhido pelo presidente Bolsonaro. Ministro do STF suspende [...]
Decisão foi tomada por Alexandre de Moraes. Ex-diretor da Abin e amigo da família Bolsonaro, Ramagem foi escolhido pelo presidente Bolsonaro. Ministro do STF suspende nomeação de Alexandre Ramagem para direção-geral da PFO decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal (PF) repercutiu entre políticos do país. A decisão de Moraes desta quarta-feira (29) é liminar — ou seja, provisória — e foi tomada em ação movida pelo PDT. Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo presidente da República para chefiar a PF em substituição a Maurício Valeixo. A decisão de Jair Bolsonaro foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).Veja perfil de Alexandre RamagemLeia trechos da liminar que suspendeu nomeaçãoApós a decisão de Moraes, políticos pelo país se manifestaram, a favor e contra, em redes sociais. "O ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu ao mandado de segurança do PDT que pedia a suspensão da nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da PF, por claro desvio de finalidade", escreveu Carlos Lupi, presidente do PDT. "O Min Alexandre de Morais acaba de suspender a nomeação do Dr Alexandre Ramagem para o cargo de Diretor-geral da Polícia Federal. Interferência de um Poder no outro não é saudável para a democracia e deveria ser a exceção das exceções. Esperamos que o Plenário reveja a decisão", escreveu Vítor Hugo, deputado federal (PSL-GO)."A nomeação de Alexandre Ramagem foi suspensa pelo STF. Bolsonaro não está acima das leis nem dos princípios constitucionais. A PF precisa de independência p/ atuar e não pode ser ferida pelas influências políticas e familiares de Bolsonaro!", escreveu Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)."O Min. Alexandre de Moraes suspendeu Ramagem com base no caso Dilma/Lula. São os chamados 'ilícitos atípicos'. Quando Dilma nomeou Lula para a Casa Civil, ela tinha o 'direito', mas as circunstâncias mostravam que a nomeação era criminosa. O caso de Jair Bolsonaro e Ramagem é igual", escreveu Joice Hasselmann, deputada federal (PSL-SP). "A decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender a nomeação do diretor-geral da PF é uma vacina contra a motivação suspeita do presidente de promover uma obstrução institucional da Justiça, nomeando um amigo da família que poderia servir de informante pra atuar a seu favor", escreveu Marina Silva, senadora pelo Acre (Rede-AC).