Bolsonaro diz que aviões enviados à China poderão buscar pessoas da Polônia e da América do Sul

Voos farão escala em Varsóvia, capital polonesa; presidente diz que devem sobrar 'em torno de dez vagas'. Aeronaves estão a caminho de Wuhan e devem pousar no Brasil [...]

Bolsonaro diz que aviões enviados à China poderão buscar pessoas da Polônia e da América do Sul

Voos farão escala em Varsóvia, capital polonesa; presidente diz que devem sobrar 'em torno de dez vagas'. Aeronaves estão a caminho de Wuhan e devem pousar no Brasil no fim de semana. Aeronave VC-2, da FAB, em imagem de arquivo

Enilton Kirchhof/Agência Força Aérea

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante transmissão em rede social nesta quinta-feira (6), que autorizou o embarque de cidadãos da Polônia e da América do Sul nos dois aviões enviados para buscar brasileiros em Wuhan, na China – epicentro da epidemia de coronavírus.

Segundo o presidente, a estimativa é de que sobrem "cerca de dez vagas". O plano de voo prevê escala em Varsóvia, capital da Polônia, na ida e na volta. As aeronaves pousaram em Varsóvia nesta quinta, e devem voltar ao Brasil no fim de semana.

"Talvez como está, se tiver apenas em torno de 40 brasileiros pra trazer pra cá, eu já autorizei, como sobraria em torno de 10 vagas, trazer nacionais de outros países. Se for da América do Sul, pousa aqui", disse Bolsonaro.

"Parece que entrou um pedido da Polônia agora, e obviamente, como vai pousar em Varsóvia, eles foram gentis para conosco, eu já falei que se tiver, e tem polonês lá. Se quiserem retornar, vêm e desembarcam ali em Varsóvia, e tudo bem."

Segundo o brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, da Força Aérea Brasileira (FAB), até esta quinta o governo tinha confirmado 34 passageiros nos voos. São 29 brasileiros e cinco chineses que foram listados como pais, filhos ou cônjuges de brasileiros.

Além dos passageiros repatriados, em cada voo há 11 tripulantes e 7 médicos do Ministério da Saúde e da Força Aérea. De acordo com informações do governo, cada avião enviado pode carregar até 30 passageiros, além da tripulação.

Inicialmente, o Ministério da Defesa informou que, caso houvesse mais vagas que passageiros, as pessoas seriam distribuídas de modo mais "espaçado" nas poltronas – na tentativa de dificultar um contágio dentro do avião.

Repatriação de brasileiros que estão na China

Aparecido Gonçalves e Juliane Monteiro/G1