Aras anuncia Lindora Araújo como nova coordenadora da Lava Jato na PGR e amplia grupo

Ex-auxiliar de Rodrigo Janot no grupo de trabalho, Vladimir Aras volta à equipe. Ex-coordenadora do grupo na gestão Dodge, Raquel Branquinho, também foi [...]

Aras anuncia Lindora Araújo como nova coordenadora da Lava Jato na PGR e amplia grupo

Ex-auxiliar de Rodrigo Janot no grupo de trabalho, Vladimir Aras volta à equipe. Ex-coordenadora do grupo na gestão Dodge, Raquel Branquinho, também foi reintegrada. Procuradora da República Lindôra Maria Araújo, em imagem de arquivo

Gil Ferreira/Agência CNJ

O procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou nesta quinta-feira (23) que a subprocuradora-geral Lindora Maria Araújo será a nova coordenadora do grupo de trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República.

Ela ocupará o lugar de José Adonis Callou de Araújo Sá, que pediu para deixar a coordenação.

O coordenador da Lava Jato na Procuradoria tem como função coordenar coleta de depoimentos, de provas, coordenar audiencias, requisitar informações, e participar de negociações sobre acordos de delação premiada.

Além da entrada de Lindora, Aras também anunciou que o Grupo de Trabalho será mantido com os seis procuradores que já atuavam e mais dois nomes novos:

o procurador Vladimir Aras, que foi da equipe de Rodrigo Janot, e

a procuradora Raquel Branquinho, que coordenou o grupo de trabalho na gestão de Raquel Dodge.

Nova composição

Com as mudanças, além de Lindora Maria Araújo, o grupo passa a ser composto pelos procuradores:

Alessandro José Fernandes de Oliveira;

Hebert Reis Mesquita;

Leonardo Sampaio de Almeida;

Luana Vargas Macedo;

Maria Clara Barros Noleto;

Victor Riccely Lins Santos;

Raquel Branquinho;

Vladimir Aras.

A subprocuradora Lindora Araújo atuava até então na coordenação de casos penais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Recentemente, mandou parecer ao tribunal defendendo a federalização da investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco.

Divergências na PGR

Adonis Sá estava na coordenação desde outubro do ano passado, após ser nomeado por Aras. O grupo é responsável pelos processos envolvendo políticos com foro privilegiado. Procurado, ele não quis se manifestar sobre o motivo da saída.

Interlocutores de José Adonis afirmaram à TV Globo que o procurador vinha tendo divergências de posição com Augusto Aras, mas negaram que esse tenha sido o motivo da saída. Segundo eles, o ex-coordenador decidiu deixar a força-tarefa para que Aras faça ajustes na equipe da maneira que julgar necessário.

Adonis Sá coordenava uma equipe com mais seis procuradores, que já atuavam no grupo da Lava Jato na gestão de Raquel Dodge.

No fim do mandato dela à frente da PGR, o grupo pediu demissão coletiva da função apontando "grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF". A manifestação citada envolvia pedidos de arquivamento sobre citações na delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS.