Depoimento do vice complica governador

Depoimento do vice complica governador

Confira transcrição do trecho do termo de declaração feito pelo vice-governador: "Alencar tinha má fama no Amazonas há muitos anos de ser truculento, arrogante e, por isso, queria distância dessa pessoa; que mal manteve contato com essa pessoa; que Wilson queria que Alencar fosse coordenador de campanha no PSC; que quando do início da pandemia, Wilson Lima o contatou afirmando que Alencar queria ajudar o governo no combate à doença; Que naquele momento o Estado do Amazonas não havia leitos, não havia medicamentos, não estava preparado para enfrentar o Covid-19 e surgiram diversas pessoas procurando os governantes oferecendo ajuda; Que dentro dessas pessoas era necessário fazer um filtro", consta no depoimento dado à PF.

Ainda em depoimento, o vice-governador afirma, durante sua gestão, passou a se preocupar mais com a macrogestão do que microgestão e, por isto, não tomava decisões em relação a pontos tão específicos, como por exemplo, aquisição dos respiradores pulmonares.

Carlos Almeida diz não ter participado de reunião com funcionários da Secretária de Estado de Saúde (Susam) para tratar sobre aquisição dos respiradores pulmonares da empresa Sonoar ou da Vineria Adega. Segundo o vice-governador, ele somente tratou desse assunto com o governador quando já haviam sido noticiário suposto superfaturamentos e que fez contato com Wilson Lima para entender o que estava acontecendo.

O vice-governador acrescentou que "antes e depois nesses fatos, teve conversa séria com o governador e tomou decisão de se afastar da Casa Civil em 4 de maio; que, desde março, já havia percebido uma incompatibilidade da gestão administrativo com governador; que não havia uma pessoa responsável por manter o declarante atualizado acerca das compras do respiradores pulmonares", frisou.