Simeam vai ao TJAM para entrar no Delphina

Para o deputado Wilker, a inspeção in loco comprovou as diversas irregularidades apontadas pelas investigações da CPI, como a falta de fiscalização da Susam nos pagamentos e o superfaturamento nos contratos de gestão da Organização Social (OS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e do Programa Estadual de Parceria Público-Privada (PPP) — Zona Norte Engenharia, Manutenção e Gestão de Serviços, responsáveis pela administração da unidade hospitalar.

Na ação ingressada pelo Simeam, a entidade sindical indica que o hospital pretende encobertar irregularidades.

"Não é razoável impedir as atividades do Simeam, é dizer, não é razoável deixar os médicos do Amazonas desamparados dentro das dependências do Hospital Delphina Aziz. Como se vê, o requerente (Simeam) apenas pretende que a legislação seja cumprida e observada pelas autoridades públicas. Até agora não dá para entender o porquê querer impedir que o sindicato averigue in loco as condições de trabalho no mencionado hospital. Suspeita-se que o requerido pretende encobertar as irregularidades do sistema de saúde", consta na petição inicial do processo.

Ainda no documento, o Sindicato argumenta que os profissionais de saúde podem estar correndo risco de vida. "Sem poder apurar as condições de trabalho dos médicos no Hospital Delphina Aziz, o Simeam fica de mãos atadas para defender o interesse da categoria perante o Poder Judiciário, o que afronta o direito fundamental ao livre acesso à justiça. Sem contar que os médicos estão correndo risco de vida em razão das péssimas condições de trabalho oferecidas pelo requerido. Decerto estão em jogo valores supremos como saúde e integridade", afirma.