Com volta marcada para 30/3, Bolsonaro diz que devolverá armas e joias
Em entrevista à Record TV, Bolsonaro confirmou que, em princípio, está com o retorno ao Brasil “pré-marcado” para o dia 30 de março, quando pousará em Brasília por volta das 7h. “Vou trabalhar no Partido Liberal, ajudar o presidente Valdemar [da Costa Neto], o Braga Netto, que está lá, andar pelo Brasil. E fazer política”, disse.
Segundo Bolsonaro, o trabalho é para “manter de pé a bandeira do conservadorismo”.
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O ex-presidente falou também dos presentes recebidos pelo governo da Arábia Saudita. Em outubro de 2021, uma comitiva do governo comandada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, retornou ao Brasil de uma viagem oficial ao país com joias femininas na bagagem.
Essas foram confiscadas pela Receita Federal. E faziam parte de um outro conjunto de itens, diferente do que foi adicionado ao acervo pessoal de Bolsonaro. No presente que passou pela alfândega, havia um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça Chopard.
Segundo ele, só ficou sabendo dos presente pessoais um ano depois. E que a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, só tomou conhecimento pela imprensa. “Minha esposa não tem nada a ver com isso”, fez questão de esclarecer.
Bolsonaro disse que, desde o primeiro momento em que soube do problema dos presentes na Receita Federal, disse que estavam à disposição. “Não existe, da nossa parte, qualquer ideia de sumir com esse material, bem como as armas”, apontou.
Bolsonaro pagaria pelas armas
Por outro lado, afirmou que gostaria de ficar com as armas recebidas como presente em outras oportunidades. Elas, inclusive, têm as iniciais do nome do Bolsonaro. “Com dor no coração, vou entregar as armas. Eu pagaria com o que tenho no meu bolso para ficar com aquelas armas”, dissse.
Ele não falou à reportagem onde estavam as joias “por questão de segurança”. Mas que elas serão entregues à Caixa Econômica Federal, enquanto as armas vão para a Polícia Federal.
Bolsonaro também lembrou dos atos terroristas de 8 de janeiro e acusou a esquerda de não aceitar uma comissão parlamentar de inquérito. “Em nenhum momento você me viu agindo fora das quatro linhas da Constituição”, repetiu.
“Lamento o episódio do dia 8 de janeiro”, continuou o ex-presidente, afirmando que os atos foram “uma armadilha feita pela esquerda”.
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