Após pressão, Silveira escolhe Efrain da Cruz para número 2 de Energia

O cargo estava vago em razão das resistências em torno do nome de Eustáquio, que ganhou evidência durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eustáquio foi secretário-adjunto do MME e secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, na gestão de Tarcísio de Freitas.

Efrain da Cruz foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele é apontado como um nome ligado aos senadores Davi Alcolumbre (União-AP) e Marcos Rogério (PL-RO), este em licença.

Apesar de ter perdido o embate, Silveira disse que ainda pretende ter Bruno Eustáquio em sua equipe e fez um reconhecimento público de seu trabalho durante a transição.

“O meu desejo é que ele continue trabalhando conosco. É um rapaz muito preparado, um rapaz de carreira. (…) Tivemos muito critério na escolha da equipe, sabendo da dimensão da responsabilidade que temos de dirigir uma das mais importantes pastas de um país com as dimensões e as responsabilidades sociais que tem o país. Eu gostaria que o Bruno ficasse no nosso gabinete, contribuindo conosco, como assessor, ele poderia ter uma participação direta”, afirmou.

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O ministro minimizou a celeuma entre a pasta que comanda e a Casa Civil, afirmando que questões em torno do nome de Eustáquio não passaram de “especulação”.

“Nunca faltou, por parte do presidente Lula, total delegação e autonomia pra que nós escolhêssemos a equipe. Então, nenhum perfil agrada 100%. Então, surgem as especulações, mas eu reafirmo que não passou de especulação”, finalizou o ministro.

A nomeação do Efrain deve ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União (DOU).

Embates com o PT

O ministro Alexandre Silveira, do PSD, tem sido criticado por integrantes do PT por posições contrárias ao partido.

Recentemente, em entrevista ao colunista do Metrópoles Guilherme Amado, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou o ministro por ter escolhido nomes indicados pelo Centrão para o Conselho de Administração da Petrobras, preterindo nomes sugeridos pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates.

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