"Reagi e passei ele, tá?": brasileiro preso com carne humana na mala confessa crime em mensagem

No áudio, o brasileiro conta ainda que a atitude dele teria sido uma reação a um suposto ataque da vítima, que, segundo ele, seria canibal. No entanto, não há provas dessa afirmação. Ainda de acordo com Begoleã, a vítima tentou “pegar ele”.

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A mãe de Begoleã defendeu o filho nas redes sociaisReprodução/Facebook

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Begoleã Fernandes nasceu Matipó, município de Minas GeraisReprodução/Redes Sociais

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Begoleã FernandesReprodução redes sociais / Metrópoles

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Begoleã FernandesReprodução redes sociais / Metrópoles

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Begoleã FernandesReprodução redes sociais / Metrópoles

Brasileiro preso no exterior

O suspeito é brasileiro e morava em Minas Gerais antes de viajar para o exteriorReprodução/Facebook

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Jovem brasileiro trabalhava como açougueiro e foi morto na HolandaReprodução

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Alan, jovem brasileiro assassinado na HolandaReprodução

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Alan foi assassinado por amigo em Amsterdã, na HolandaReprodução

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Begoleã é suspeito de matar o brasiliense Alan Lopes, 21 anos, que trabalhava como açougueiro em Amsterdã, na Holanda, onde o crime aconteceu em 26 de fevereiro. Alan vivia na Holanda havia sete anos e sua família é do Distrito Federal. Já Begoleã, 26, é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira.

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Alan Lopes era amigo do suspeito de matá-loReprodução

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Família diz que jovem morreu esfaqueadoReprodução

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Alan terá corpo cremado na semana que vemReprodução

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Ao portal G1, a mãe do brasileiro preso — Carla Pimental — confirmou que a voz do áudio é do filho. Segundo a mulher, ela já procurou o Consulado Brasileiro e o Itamaraty, mas que não conseguiu ajuda de nenhum órgão. “Eu preciso ir pra aquele país e ver se meu filho precisa de ajuda psicológica”, afirmou.

“Oh Messias, ora por mim meu irmão, que eu tô beleza, graças a Deus. Mas o que eu passei não foi brincadeira. Ele é canibal. Já tem muito tempo que a galerinha dele sabe, entendeu? […] Só que é uma parada tão bizarra, mas tão, mas tão bizarra que ninguém acredita. […] Eu fui lá e os meninos tinham me avisado que era uma armadilha para ele me pegar, tá ligado? […] Aí na hora que ele tentou me pegar, eu estava com a faca, eu fui e reagi e passei ele, ta ligado? Me ajuda ai mano, pelo amor de Deus!”, disse Begoleã, na gravação.

A defesa do brasileiro afirma que Begoleã agiu em legítima defesa e que transportou carne humana e documentos na mala para provar sua inocência e fazer a identificação dos envolvidos.

“[A legítima defesa é] comprovada através do agarrar a lâmina com a mão direita para impedir que fosse morto, e a prova continua bem visível na mão direita. Só tentou fugir da Holanda, mais uma vez, para evitar ser morto”, afirmou o advogado contratado pela família de Begoleã.

Carne humana

De acordo com informações divulgadas pelo jornal português Correio da Manhã, Begoleã pretendia viajar para o Brasil transportando a carne humana. O destino seria Belo Horizonte (MG). No entanto, ele foi preso quando tentava embarcar, em Lisboa. O rapaz apresentou um cartão de identidade italiano e portava outros documentos em nome de terceiros, o que levantou suspeitas no aeroporto da capital portuguesa.

Diante da suspeita, a carne foi enviada para análise. Porém, o resultado oficial ainda não foi divulgado.

Canibalismo e facadas

Carla reproduziu o que seria a versão do filho para o homicídio. Ela disse que Begoleã foi dormir na casa de Alan e teria estranhado a carne servida na hora da refeição. Seria uma carne escura e de gosto estranho. Ao ser questionado sobre a aparência do alimento, Alan teria falado que era “carne de gente”.

Além disso, depois da refeição, Alan teria mostrado vídeos de execuções para Begoleã. Ainda assim, ele teria aceitado dormir na casa de Alan.

Segundo a versão do suposto assassino, ele foi acordado com Alan sobre ele, tentando matá-lo. Begoleã teria então passado uma faca no pescoço do amigo, que caiu no chão ainda se mexendo. Um golpe final teria sido dado no peito.

Segundo Carla Pimentel, o filho teria contado para amigos o que aconteceu. Inicialmente, a intenção dele seria ligar para a polícia e explicar a história toda, mas ele teria decidido fugir. A carne humana na mala, segundo a versão da mãe, seria a mesma servida por Alan.

“Louco e assassino”

A família do brasiliense Alan Lopes nega que o jovem tenha envolvimento com crimes e canibalismo. “A única coisa em que a gente acredita é que esse menino [Begoleã] é louco e assassino. Alan era um menino trabalhador, de família e do bem. Uma pessoa muito boa mesmo. Não tem sentido nenhum afirmar que ele queria matar alguém”, disse Kamila dos Anjos Lopes, 25, irmã da vítima, em entrevista ao Metrópoles, durante a última semana.

Kamila contou que Begoleã e Alan eram amigos havia três anos e se conheceram enquanto trabalhavam no serviço de entregas por aplicativo, em Amsterdã. “O Begoleã frequentava minha casa, mas nunca pareceu ser uma pessoa ruim”, recorda-se a jovem.

Ela relatou que o irmão foi morto a facadas, após receber um golpe que o teria deixado desacordado. O corpo de Alan será cremado na próxima semana.

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