Após decisão do TSE, Republicanos diz reconhecer urnas e vai à Justiça
Marcos Pereira alegou que o Republicanos não tem relação com o questionamento que o PL fez às urnas. A coligação é formada pelo PL, Republicanos e PP.
“Vamos recorrer. Reconheci o resultado publicamente às 20h28 do dia da eleição”, disse o deputado ao Metrópoles, nesta quinta-feira (24/11).
Vitória de Lula
De fato, na noite de 30 de outubro, Marcos Pereira publicou um texto no Twitter em que comemorou a vitória da eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo e reconheceu a vitória do ex-presidente Lula, além de parabenizar o resultado de Bolsonaro.
Na ocasião, ele ainda escreveu que o partido ia seguir um caminho de independência.
Para reforçar o posicionamento diferente do PL, Marcos Pereira também enviou para a reportagem um vídeo gravado um dia após o segundo turno, em que ele defende as urnas.
“Não há porque duvidar do resultado das urnas, não há porque questioná-los. Senão nós teríamos que questionar a eleição do Tarcísio, a eleição do senador Mourão, a eleição da senadora Damares, a eleição do nosso governador que foi reeleito em Tocantins”, afirmou, na gravação.
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Análise jurídica
Diante da multa e bloqueio das contas pelo TSE, o PL informou que já acionou a assessoria jurídica que vai analisar a decisão de Moraes. “O partido reitera que apenas seguiu o que prevê a Lei Eleitoral que obriga as legendas a realizar uma fiscalização do processo eleitoral”, escreveu em nota.
O PL entrou com um recurso contra as urnas no TSE, alegando que boa parte dos votos do segundo turno deveriam ser invalidados, porque determinada quantidade de urnas teriam números duplicados, o que impossibilitaria uma auditagem.
Acontece que cada urna possui um código único, independente dessa numeração alegada pelo PL, o que permite sim a auditagem das urnas.
O TSE então pediu que o partido se posicionasse sobre o primeiro turno, quando elegeu a maior bancada no Senado. No entanto, em coletiva na última terça, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, manteve a posição de questionar apenas o resultado do segundo turno, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos.
A posição do PL inflama apoiadores de Bolsonaro que estão acampados em frente a unidades do Exército espalhadas pelo país, defendendo a anulação das eleições e uma intervenção militar.
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