Segeam fatura R$ 35 mi só este ano com Susam

Segeam fatura R$ 35 mi só este ano com Susam

Em agosto do ano passado, a empresa foi denunciada ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por "incapacidade técnica de profissionais que prestam serviços de enfermagem" para prestar serviços à Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

Durante todo o ano de 2019 foram pagos mais R$ 22 milhões destinados a empresa que atua em unidades de Saúde como: Maternidade Nazira Daou, Maternidade Balbina Mestrinho, Maternidade Ana Braga, Instituto da Mulher Dona Lindu, Hospital de Pronto Socorro 28 de Agosto, Hospital e Pronto Socorro João Lúcio entre outras.

Segundo dados do Portal da Transparência, em praticamente todos os meses de 2020 a empresa recebeu pagamentos do governo: em abril foram R$ 1,420 milhão; maio, R$ 1,329 milhão. Em 26 de junho foram dois pagamentos: R$ 1,376 milhão e R$ 1,400 milhão. Outro pagamento foi registrado em 10 de julho no valor de R$ 1,332 milhão.

Ainda de acordo com o Portal da Transparência, houve remanejamento dos plantões e o acréscimo do quantitativo dos plantões em aproximadamente 9,8739%, a contar de 31 de março deste ano, para atender casos de Covid-19 na Maternidade Chapot Prevost. O acréscimo garantiu um aditivo de quase R$ 300 mil à empresa. Em maio, por 30 dias de serviço foram mais R$ 1,300 milhão e outro de quase R$ 20 milhões.

Pelo dados consultados, apenas neste ano, foram pagos mais de R$ 36 milhões pagos a empresa.
Apesar dos números milionários, em setembro de 2019 mais de cinco mil funcionários da Segam estavam com quatro meses de salários atrasados. Desde 2018 a empresa e alvo de manifestações cobrança pelos salários atrasados.
Por telefone, a reportagem do AMAZONAS DIÁRIO tentou entrar em contato com as sócias da empresa Segeam mais não obteve resposta.

Em fevereiro, a empresa informou à Susam, em documento enviado ao ex-secretario adjunto do Fundo Estadual de Saúde Perseverando da Trindade Garcia Filho a alteração da empresa para passar a ser uma associação, ou sejam, sem fins lucrativos.

A historia do estado com as associações ou organizações sociais não traz boas lembranças como o Instituto Novos Caminho que desviou milhões do governo e os sócios acabaram presos. Outro caso lembrado é do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (Indsh) que administra o hospital Dhelfina Aziz ao custo de R$72 milhões, repassados apenas neste ano.