Presa por tráfico internacional, doleira Nelma Kodama volta ao Brasil

Presa por tráfico internacional, doleira Nelma Kodama volta ao Brasil

Segundo o escritório Nelson Wilians Advogados (NWADV), que representa a acusada, ela desembarcou em Salvador por decisão de um juiz federal, mas o motivo não foi detalhado.

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A suspeita viajou em um voo direto de Lisboa, em Portugal. Da Superintendência da Polícia Federal, em Salvador, Nelma deverá seguir para o Complexo da Mata Escura.

Delatora da Lava Jato, a mulher é um dos alvos da Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal contra o tráfico internacional de cocaína. Investigações apontam que ela atuava como doleira do narcotráfico.

Outro preso na ação é o ex-secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação de Mato Grosso Nilton Borgatto (PSD). Borgatto chefiou a pasta estadual entre 2019 e março deste ano. Ele saiu do governo para se dedicar à campanha de deputado federal. O ex-secretário também foi prefeito de Glória D"Oeste, cidade a 309km de Cuiabá, na fronteira com a Bolívia.

Quem é Nelma Kodama

Figura emblemática do escândalo Petrobras, que culminou na Operação Lava Jato, Nelma foi presa em 15 de março de 2014 tentando embarcar para a Itália com 200 mil euros escondidos na calcinha.

A mulher foi condenada, no mesmo ano, a 15 anos de prisão pelo então juiz federal Sérgio Moro pela lavagem de R$ 221 milhões. Ela também enviou para o exterior outros U$S 5,2 milhões por meio de 91 operações de câmbio irregulares.

Nelma Kodama é ex-namorada do também doleiro Alberto Youssef. Em 2019, a investigada teve a pena de 15 anos de prisão, decretada na Operação Lava Jato, extinta. A decisão ocorreu graças ao indulto natalino concedido no fim de 2017 pelo ex-presidente Michel Temer.