Sócio mandou matar empresário e pagou crime à prestação com lucros da vítima, diz PC

Rafael montou um negócio com Julian, que segundo a família, não era conhecido pelos familiares e nem pelos amigos da vítima. A sociedade estava avaliada em R$ 400 mil, o Blend Café Lounge. O sócio entrou com R$ 100 mil e ainda não teria pago o restante do valor.

“Sabemos que o Rafael era uma pessoa que cobrava muito incisivamente esses valores, então esse foi um dos fatores que levou o Julian a planejar sua morte”, explicou o delegado Eduardo Cunha.

Conforme a polícia, o total da dívida que o suspeito devia para a vítima era de R$ 300 mil. Após a morte, Julian ficou com o empreendimento e estava pagando os matadores com o valor do negócio da vítima.

“Ele contratou uma pessoa que se chama Alinelson, ex-presidiário, que fazia uso de tornozeleira eletrônica na época, motivo pelo qual ele terceirizou os serviços de Adriano Fogaça, então nós temos três personagens nesse crime”, destacou o delegado.

Os criminosos receberam inicialmente R$ 6 mil para cometer o crime, os valores estavam sendo pagos semanalmente e eram feitos pelo próprio Julian, que ia até uma casa lotérica. Até o momento, foram repassados aos suspeitos R$ 14 mil.

Alinelson foi preso no dia 25 de março. A informação não foi divulgada para não atrapalhar as investigações da Especializada. O sócio da vítima vai responder pelo crime de homicídio qualificado.

Polícia procura terceiro envolvido

A Polícia Civil divulgou a imagem de Adriano Fogassa Almeida, 23, conhecido como “Biscoito” ou “Bolacha”, investigado por envolvimento na morte do empresário.

Adriano Fogassa Almeida, 23, conhecido como “Biscoito” ou “Bolacha”

Informações devem ser repassadas para o disque-denúncia da DEHS (92) 98118-9535 ou para o 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).

Sobe o crime

O crime aconteceu no dia dois de dezembro do ano passado. Uma câmera de segurança registrou a chegada do atirador. Imagens mostram o empresário saindo do estabelecimento, quando foi surpreendido pelo criminoso, que chegou no local em uma motocicleta e atirou contra ele, dentro do carro.