Começa a tramitar na ALE pedido de intervenção federal na segurança pública do AM

Começa a tramitar na ALE pedido de intervenção federal na segurança pública do AM

De acordo com o parlamentar, não se faz segurança pública com placas e cavaletes e nem com ações midiáticas como ocorreu na execução do programa Amazonas Mais Seguro, lançado no ano passado, e que não conseguiu conter a violência mesmo custando R$ 280 milhões aos cofres públicos. Ricardo Nicolau defende o uso de mais tecnologia para combater o crime.

“O Estado investe mal. O Amazonas faz segurança pública de forma antiga. É preciso usar mais tecnologia, investir na polícia científica e valorizar o policial militar. Precisamos fazer com que a presença da PM esteja não através de placas, mas de viaturas equipadas e policiais treinados. O volume de recursos não reflete na qualidade do serviço. O programa Amazonas mais Seguro é midiático, não tem base e foi criado em função da eleição. Independente de nomes, a segurança pública precisa de menos propaganda e mais ação”, ressalta.

Números

De acordo com dados da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) enviados ao Monitor da Violência do portal de notícias G1, foram 1.019 registros oficiais de mortes violentas no Amazonas em 2020. Já no ano passado, foram 1.571. O estado vive uma explosão de casos de violência mesmo com alto volume de dinheiro público investido na SSP-AM.

Ainda de acordo com dados do Monitor da Violência, o latrocínio, que é o roubo seguido de morte, também registrou alta no Amazonas. Em 2020, foram 46 casos registrados pela SSP. No ano passado, esse número subiu para 69, um crescimento de quase 50%.

Intervenção

Caso o pedido de intervenção seja aprovado em plenário, o documento será encaminhado à Presidência da República.

A partir do aceite do Palácio do Planalto, o primeiro passo é a vinda da Força Nacional, classificada como uma “tropa de pronta-resposta” e composta principalmente por militares estaduais.