Doutor Gomes ameça renunciar a CPI após seu requerimento ser negado

Doutor Gomes ameça renunciar a CPI após seu requerimento ser negado

A sessão desta sexta-feira começou com o requerimento do deputado estadual Wilker Barreto, solicitando cópias de notas e contratos do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e da Organização Social (OS) que administra unidades de saúde do Estado, nos anos de 2019 e 2020. O requerimento foi aprovado.

O segundo requerimento foi apresentado pelo deputado Doutor Gomes. O pedido era para a apresentação do atestado médico de Caio Henrique Faustino da Silva, que atuava no setor de projetos da Susam. Caio relatou durante o depoimento no dia 16 de junho que estava afastado das suas funções na secretaria por estar de atestado médico por problemas psicológicos.

"Todos os membros da CPI estão amparados no ponto de vista regulamentar, que é investigar e aprovar. O requerimento do deputado Wilker Barreto, que faz o pedido das notas fiscais e cópias dos contratos, em nenhum momento eu fui contra, é um pedido essencial para a apuração. Se uma nota fiscal é importante para que todas possam fazer o seu juízo de valor, então eu não estou pedindo nada de mais, estou pedindo cópia do atestado médio que foi expedido pela junta médica sobre o estado de saúde de um depoente que veio aqui colaborar", afirmou Doutor Gomes.

Wilker Barreto disse que Caio não se recusou a depor e que o atestado é algo pessoal, que cabia ao depoente solicitar a sua não participação na CPI, isso não houve. O deputado Fausto Júnior relatou que o pedido deveria ser refeito, já que não respeitava a impessoalidade e que não poderia ser pedido a Susam, e sim ao próprio depoente.

O requerimento do Doutor Gomes foi negado pela comissão por 4 votos a 1. O deputado então se revoltou e ameaçou pedir renúncia e deixar a CPI. "O senhor está debaixo de cobertura de atestado médico ou não, para não cometer o erro de trazer aqui um deponente que está sob efeito psicológico emocional, porque não é fácil sentar num banco da CPI. Nós temos que cuidar da saúde dos depoentes. Temos 120 dias da CPI e mais 60 para prorrogar. Eu não tenho pressa pra essa CPI terminar, temos muito ainda para investigar. Foi um equívoco ouvir um depoente debaixo da proteção de um atestado médico", disse Gomes.

O deputado Delegado Péricles, então, comentou que o próprio depoente teria que fazer um pedido ou se recusar a falar. Não foi feita nenhuma solicitação e Caio Henrique tinha o direito de ficar calado, mas mesmo assim falou. O deputado Gomes pediu um tempo para pensar melhor e acabou decidindo continuar na Comissão.