Amazonas deve se preparar para eventual terceira onda de Covid 19

Amazonas deve se preparar para eventual terceira onda de Covid 19

O governo do Amazonas não pode interpretar uma redução do quadro de mortes por Covid como prenúncio de um recuo contínuo da mortandade que o vírus provoca. Estão aí os últimos dados da Fundação de Vigilância em Saúde, que registrou 962 novos casos de infecção nas últimas 24 horas e 36 óbitos por Covid-19.

Não é pouco. Deve ser visto como um indicador de que o Amazonas não atingiu ainda um estágio no qual a doença foi estabilizada. E um sinal de que é preciso estar vigilante para uma eventual 3a onda.

Manaus é, por sua natureza demográfica, uma ilha, distante dos centros mais desenvolvidos, e isso ficou muito evidente na crise da pandemia, que colapsou a rede hospitalar e onde o transporte de oxigênio para a cidade necessitou de uma logística cara- aviões, navios, caminhões atolados na rodovia 319, o socorro vindo da Venezuela.

Se ocorrer uma terceira onda, como preveem cientistas, a logística será a mesma e as dificuldades também.

Por isso nada mais urgente do que equipar hospitais, estocar medicamentos e equipamentos de proteção individual para o pessoal da linha de frente no combate à pandemia.

O pior ainda não passou - e essa advertência de pesquisadores tem que ser levada à sério.

O surgimento de novas cepas, com maior transmissibilidade se espalhando velozmente, indica que nem mesmo um quadro de vacinação total da população, como seria o ideal e está longe de acontecer - é o porto seguro sonhado.