Família pede justiça e expulsão de PM suspeito de matar trans

Família pede justiça e expulsão de PM suspeito de matar trans

Familiares e amigos da transexual Manuella Otto fazem uma manifestação na frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na manhã desta sexta-feira (19) em Manaus. O grupo pede justiça e a expulsão do policial Jeremias da Costa Silva, 27, principal suspeito do crime.

Jeremias se entregou à polícia na noite de ontem (18), ao saber que teve o pedido de prisão preventiva expedido. Ele já tinha se apresentado na delegacia na última segunda-feira (15), mas deixou o local pela porta da frente porque já teria passado o tempo do flagrante e ainda não havia mandado contra ele.

O delegado Charles Araújo explica que a Justiça só expediu a ordem na quarta e que buscas foram feitas durante todo o dia de ontem tanto em Manaus como no interior, mas ele não foi encontrado: "Visitamos vários endereços onde ele poderia ser localizado, mas não logramos êxito. Em conversas com seus advogados nós conseguimos fazer com que ele se apresentasse", disse.

Araújo explica ainda que uma tatuagem foi fundamental para confirmar que Jeremias era o homem que aparece nas imagens das câmeras do motel fugindo do local com uma arma na mão. Jeremias amarrou uma camisa no rosto para evitar a identificação, mas a tatuagem no braço ficou exposta.

Outras provas colhidas na residência dele também foram adicionadas ao processo. Ao se apresentar ontem, o PM preferiu não falar nada como da primeira vez. Ele permaneceu na sede da DEHS e deve passar por audiência de custódia hoje a tarde.