Após polêmica, Maia defende votação remota na Câmara só para grupo de risco

Após polêmica, Maia defende votação remota na Câmara só para grupo de risco

“A votação será presencial, estamos organizando as urnas no Salão Negro e no Salão Verde. Vamos debater sobre aqueles do grupo de risco”, disse.

Maia designou o deputado Mário Heringer (PDT-MG), que é segundo secretário, como relator dos casos. “Sugeri ao relator ouvir cientistas e pessoas ligadas ao combate da Covid-19. Se aqueles que estão no grupo de risco deveriam ou não votar de forma remota. Essa segunda onda está vindo mais forte e com maior necessidade de UTI”, disse ele, acrescentando que as urnas serão colocadas nos salões Nobre e Verde para garantir o espaçamento.

A Mesa Diretora deve decidir também na próxima segunda sobre a data do pleito. Segundo o parlamentar, as eleições de meio de mandato ocorrem normalmente no dia 2 de fevereiro, mas ele não se oporia a realizá-la no dia 1°.

Mais sobre o assunto
Mudança de bloco

Maia também “inadmitiu” o parecer do procurador da Casa, deputado Luis Tibé (Avante-MG), sobre o pedido, encabeçado pelo deputado Vitor Hugo (PSL-GO), para o PSL mudar de bloco. Ele explicou que a atribuição do procurador é assistir o presidente e, portanto, não caberia a Tibé confeccionar o parecer. Contudo, este tópico também será debatido e votado na próxima reunião da Mesa.

Além de Maia, a reunião contou com Soraya Santos (PL-RJ), 1ª secretaria; Expedito Neto (PSD-GO), 3° secretário; e Paulo Bengston (PTB-PA), corregedor da Casa, que estiveram presencialmente.

Participaram remotamente os deputados Luciano Bivar (PSL-PE), 2° vice-presidente; Mário Hering (PDT-MG), 2° secretário; Marcos Pereira (Republicanos-SP), 1° vice-presidente; André Fufuca (PP-MA), 4° secretário; Rafael Motta (PSB-RN), 1° suplente; e Luis Tibé (Avante-MG), procurador da Casa.

Polêmicas

O formato da votação já havia sido alvo de debate. Maia admitiu estudos sobre a votação remota, mas Lira e aliados reagiram criticando a possibilidade e cobrando a votação presencial. Nos bastidores, aliados de Lira avaliam que o formato remoto prejudicaria o deputado do PP, visto que muitos votos são revertidos na reta final ou no próprio dia da votação.

Igualmente polêmico é o pedido do PSL. Na última quinta-feira (7/1), deputados bolsonaristas do PSL protocolaram na Mesa Diretora da Câmara, um pedido para integrar o bloco de Lira, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lista de adesão contou com 32 dos 53 deputados. Destes, 17 estão suspensos.

Nesta terça, a Executiva Nacional do PSL acatou processo contra 20 dos 32 deputados por infidelidade partidária. Eles podem ser expulsos.