Cientistas estudam variante inédita do coronavírus originária do Amazonas

Cepa teria sofrido mutação aqui - Foto: Studio/Shutterstock

Cepa teria sofrido mutação aqui - Foto: Studio/Shutterstock

Manaus /AM - Especialistas realizam um estudo na Fundação Oswaldo Cruz da Amazônia, para confirmar se o vírus detectado nos quatro brasileiros que desembarcaram no Japão, é uma nova mutação que teria se originado no Amazonas.

Exames mostraram que a cepa é bem parecida com a variante encontrada no Reino Unido e na áfrica do Sul, mas com algumas mudanças específicas:

"Esse vírus são o B.1.1.2.8 com mutações na proteína Spike, e duas delas são importantíssimas. Mutações similares já foram associadas com a maior transmissão do SARS-CoV-2. É um vírus que passou por um processo evolutivo, que nos faz pensar em, talvez uma nova variante brasileira", disse o pesquisador Felipe Naveca em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Ele também explica que dois laboratórios diferentes realizaram análises das amostras e chegaram à mesma conclusão: o surgimento de uma nova variante. Felipe destaca que a mutação tem poder maior de disseminação, o que explicaria a segunda onda avassaladora da doença no Amazonas.

Porém, a pesquisa continua e apenas órgãos internacionais é que podem atestar e decretar que se trata de uma nova variante do coronavírus. Naveca destaca que isso não quer dizer que a nova linhagem seja mais perigosa, mas sim que ela se propaga mais rápido e consegue assim infectar mais pessoas.