Mais da metade dos estados cancela aulas na rede pública

Na última semana, haviam anunciado a suspensão das aulas São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal. Já começaram nesta segunda ou vão suspender ao longo

Mais da metade dos estados cancela aulas na rede pública

Na última semana, haviam anunciado a suspensão das aulas São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Distrito Federal.

Já começaram nesta segunda ou vão suspender ao longo da semana também Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Piauí, Pernambuco, Ceará, Rondônia e Roraima.

Mesmo sem nenhum caso de coronavírus confirmado, Rondônia suspendeu as aulas por 15 dias. No Sul, a Prefeitura de Porto Alegre suspendeu as aulas na cidade, mas optou por manter o ensino infantil. O prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), porém, pediu que as famílias de crianças de até seis anos que puderem mantê-las em casa não as levem às escolas. O serviço de merenda será mantido.

No mesmo dia, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), também anunciou a interrupção das aulas na rede estadual, a partir de quinta-feira (19). São 11 casos confirmados entre os gaúchos.

Em Goiás, as aulas nas redes estadual e particular devem ser suspensas no máximo até quarta (18), e o cancelamento deve durar no minimo 15 dias. Já a UFG (Universidade Federal de Goiás) suspendeu atividades, como as cerimônias de colação de grau, previstas para este mês.

Também a rede em Mato Grosso vai suspender as aulas a partir do dia 23 até 5 de abril. Ao menos seis instituições de ensino superior também pararam.

No Paraná, onde há seis casos confirmados do novo coronavírus, as aulas na rede pública serão suspensas por prazo indeterminado a partir de sexta-feira (20). O cancelamento não foi instituído de imediato, segundo o governo, para que ocorressem ações de prevenção e orientação dos alunos e familiares.

No Ceará, decreto do governo Camilo Santana (PT) suspendeu aulas na rede pública por 15 dias a partir desta quarta-feira (18). São nove casos de coronavírus confirmados e 62 em investigação.

Em Pernambuco, a suspensão de aulas para as redes pública e privada passam a valer nesta quarta-feira. No caso da pública, os pais poderão pegar a merenda uma vez por semana para alimentar as crianças em casa.

Belo Horizonte é uma das poucas capitais que vão manter as aulas dos colégios municipais. Já nas escolas estaduais, o governo Romeu Zema (Novo) decretou recesso a partir desta quarta com retorno no dia 23, e reavaliará no fim de semana se a suspensão pode ser prorrogada conforme o número de casos.

A UFMG (Federal de Minas Gerais) suspendeu as aulas por tempo indeterminado começando na próxima quarta-feira. O número de casos confirmados de infecção pelo vírus Sars-CoV-2 subiu para seis em Minas.

No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) assinou decreto de estado de emergência em saúde pública e decidiu suspender as aulas na rede estadual a partir desta terça (17). Casagrande avalia se a medida pode ser estendida a escolas privadas. Dos 219 casos notificados, oito foram confirmados até o momento e 77, descartados.

No fim de semana, foi confirmado o primeiro caso de transmissão local do vírus no estado. Um professor da rede municipal de Linhares foi infectado depois de entrar em contato com o cunhado, que vive em Londres, mas estava visitando a família em Vila Velha, região metropolitana de Vitória.

O professor ficou assintomático durante alguns dias, segundo a prefeitura de Linhares, e seguiu sua rotina normalmente, inclusive com aulas. O município tem hoje dez casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, e a maioria deles é de pessoas que teriam tido contato com o professor.

No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) chegou a dizer que iria manter aulas, mas nesta terça-feira decidiu suspender o funcionamento das redes pública e privada por 15 dias. O estado teve apenas um caso confirmado até o momento.

Vão manter por ora aulas as redes estaduais de Bahia, Alagoas, Sergipe, Amazonas, Acre, Pará e Mato Grosso do Sul. Amapá, Maranhão e Paraíba não responderam.