Governo acerta com fabricantes fornecimento de 30 milhões de seringas

Governo acerta com fabricantes fornecimento de 30 milhões de seringas

Segundo com Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), as empresas SR, Injex e BD “abriram seus corações” para ajudar o governo neste momento difícil e irão produzir 10 milhões de unidades cada. As informações são da coluna da Míriam Leitão, no O Globo.

Este primeiro lote seria uma compra emergencial. O edital para a compra das 300 milhões de seringas e agulhas deve sair na próxima semana. As empresas sugeriram ao governo que a seringa e agulha sejam compradas juntas, por ser uma forma de economizar na esterilização, na embalagem e no transporte.

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No primeiro leilão, realizado no final de dezembro, o governo só conseguiu comprar 2,4% do total de seringas e agulhas do necessário. Segundo Fraccaro, o Ministério da Saúde ofereceu um valor completamente defasado de R$ 0,13 por seringa e as companhias pediam entre R$ 0,22 e R$ 0,48, dependendo do item.

“Eles entenderam nossos custos com o aumento da inflação e do dólar mais alto. O primeiro leilão foi um equívoco e o ministério decidiu nos chamar para conversar. O diálogo é sempre positivo. Saí otimista”.

Sem estoque

De acordo com o secretário da Abimo, as empresas não produzem para estoque, toda a produção é para atender o atual consumo, para o plano de vacinação rotineiro do governo e para o uso em hospitais e farmácias.

O Brasil produz cerca de 1,3 bilhão de unidades/ano. Para a vacinação contra a Covid-19, vai ter que aumentar no mínimo mais de 300 milhões nos próximos doze meses e 400 milhões para 2022.

Segundo Fraccaro, com pedidos confirmados e uma programação certa, no prazo de três a quatro meses é possível aumentar a produção nacional para toda a demanda da vacina contra Covid-19.