Polícia fiscaliza lojas no Centro e Zona Leste de Manaus para verificar cumprimento de decreto

Polícia fiscaliza lojas no Centro e Zona Leste de Manaus para verificar cumprimento de decreto

Equipes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) deflagraram uma operação em Manaus, neste sábado (26), para fiscalizar se os comerciantes estão cumprindo ou não o decreto que determina fechamento. Shoppings, restaurantes e outros estabelecimentos não essenciais estão proibidos de abrir por 15 dias, a partir deste sábado.

O Governo do Amazonas informou que houve um aumento no número de casos e internações por Covid, e o hospital referência para tratamento da doença opera quase 100% dos leitos ocupados. Até esta sexta (25), mais de 5,1 mil pessoas morreram com Covid no estado.

A maior parte das equipes da polícia faziam patrulhamento no Centro e na Zona Leste, principais áreas comerciais da capital. Mesmo com a operação, o G1 constatou uma movimentação parcial de lojistas e funcionários no Centro.

Comboio policial na Zona Leste de Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

Comboio policial na Zona Leste de Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

Várias contenções de ferro foram instaladas pela polícia em áreas que dão acesso a uma área de intensa movimentação no Centro durante o final do ano, a Marechal Deodoro. PMs monitoram a entrada de pessoas no local.

O G1 verificou vários funcionários de lojas passando por essa contenção. A PM informou que os comerciantes alegaram a entrada nas lojas para organização de estoque e vendas on-line.

"Estamos aqui hoje, nessa fiscalização, para dar cumprimento ao decreto, e na Operação Pela Vida. O objetivo é fazer com que as pessoas cumpram o decreto. Aquelas pessoas que insistem em não cumprir esse decreto, elas serão devidamente penalizadas. Vamos orientar os estabelecimentos não essenciais que estão abertos e, aqueles que insistirem, serão levados para a delegacia", disse o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates.

Policiais fiscalizam lojas em Manaus neste sábado (26). — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

Policiais fiscalizam lojas em Manaus neste sábado (26). — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

O decreto prevê multas de até R$ 50 mil para os estabelecimentos que insistirem em abrir. A "Operação Pela Vida" vai contar com a atuação das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Procon Amazonas e Departamento de Vigilância Sanitária (DVisa), entre outros órgãos de segurança.

Na Zona Leste de Manaus, a movimentação também estava baixa na manhã deste sábado, com grande parte do comércio fechado. Segundo o major Luiz Vital, subcomandante do Comando de Policiamento Leste, até o início da manhã, não foi necessário realizar nenhuma prisão.

Conforme ele, os comerciantes estão obedecendo o decreto na Zona Leste. "É uma medida não muito bem aceita por grande parte da população, mas não estamos aqui contra o cidadão, estamos procurando conversar, orientar e estamos sendo bem recebidos pelos comerciantes", disse.

Multidão protesta contra decreto

Uma multidão se reuniu em protesto, na manhã deste sábado (26), no Centro de Manaus, contra o decreto estadual que proíbe a abertura do comércio não essencial por 15 dias.

A manifestação teve início por volta de 9h, na Avenida Eduardo Ribeiro, Centro, uma das principais áreas comerciais da cidade. A avenida ficou completamente bloqueada por conta do protesto.

Centenas de manifestantes se aglomeram no local, exigindo a suspensão do decreto. Eles cantaram o hino nacional, gritam palavras de ordem e caminham pela avenida. Até o momento, a polícia não registrou ocorrências por conta do protesto.

Empresários criticam fechamento no fim de ano

Após o anúncio do Governo sobre o fechamento, um grupo de empresários e comerciantes chegou a realizar ato de protesto contra a medida, criticando a decisão, que, segundo eles, resultará em demissões e prejuízos para o setor.

Mesmo sabendo do decreto, a empresária Fernanda Prado, de 38 anos, foi ao Centro e disse que o serviço mantém para os funcionários.

"É difícil o momento que estamos passando. Entendo que muitas pessoas morreram, mas, muito antes, o governador poderia ter estendido o decreto e somente liberar agora, o mês que mais vendemos. Talvez, de lá para cá, não tivesse tantos casos se tivessem sido inteligentes. Agora, espero vender pelo menos online", contou.

Estabelecimentos não essenciais não podem abrir por 15 dias no Amazonas. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

Estabelecimentos não essenciais não podem abrir por 15 dias no Amazonas. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

A funcionária dela, Raquel Barreiros, de 25 anos, enfatizou que dezembro é o mês que mais vendem roupas. "Não somos culpados, acho injusto. Podemos ser demitidos a qualquer momento", disse.

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) entrou com uma liminar na justiça para pedir que os shoppings continuassem abertos ao público durante o período, com medidas restritivas, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Saiba o que fica fechado:

  • estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais e destinados à recreação e lazer;
  • espaços públicos em geral (exceto para práticas esportivas individuais);
  • boates, casas de shows, flutuantes, casas de eventos e de recepções, salões de festas, parques de diversão, circos e similares;
  • bares;
  • shoppings (exceto como pontos de coleta de compras eletrônicas em seus estacionamentos, em formato de guichês);
  • feiras e exposições de artesanato;
  • O que será proibido:

    • reuniões comemorativas (inclusive de Ano Novo) em espaços públicos, clubes e condomínios;
    • eventos de formatura, aniversários e casamentos, independente da quantidade de público;
    • eventos promovidos pelo Governo;
    • visitas a pacientes internados com Covid;
    • visitação a presídios e a centro de detenção para menores;
    • venda de produtos por ambulantes;

    O que pode abrir:

    • serviço de transporte de passageiros;
    • funcionamento do setor industrial;
    • atendimento presencial médico, odontológico e de fisioterapia, com agendamento prévio e de forma emergencial;
    • comércio de artigos médicos e ortopédicos;
    • clínicas veterinárias e de serviço de assistência à saúde dos animais, apenas para atendimentos de urgência e emergência;
    • petshops e estabelecimentos que comercializem alimentos e medicamentos destinados a animais, apenas nas modalidades delivery, drivethru ou coleta;
    • as feiras e mercados públicos;
    • supermercadistas de pequeno, médio e grande porte, atacadista e pequeno varejo alimentício;
    • padarias, apenas nas modalidades delivery, drive-thru ou coleta;
    • restaurantes e lanchonetes, apenas nas modalidades delivery, drive-thru ou coleta;
    • bares registrados como restaurante poderão funcionar apenas nas modalidades delivery, drive-thru ou coleta;
    • distribuidora de água mineral e gás de cozinha;
    • postos de combustíveis, limitando-se as lojas de conveniência apenas para as compras rápidas;
    • bancos, cooperativas de crédito e loteria;
    • oficinas mecânicas e estabelecimentos que comercializam peças automotivas, materiais elétricos e de construção;
    • lavanderias;
    • serviços notariais;
    • escritórios de advocacia e contabilidade;
    • assistência técnica de eletrônicos, eletrodomésticos e demais itens;
    • óticas;
    • floriculturas;
    • hotéis, com suas áreas e serviços restritos aos hóspedes;
    • os eventos esportivos profissionais, sem a presença de público;
    • academia e similares;
    • realização de apresentações artísticas, desde que transmitidas pela internet, sem a presença de público



    O Governo do Amazonas informou que houve um aumento no número de casos e internações por Covid, e o hospital referência para tratamento da doença opera quase 100% dos leitos ocupados. Até esta sexta (25), mais de 5,1 mil pessoas morreram com Covid no estado.

    A maior parte das equipes da polícia faziam patrulhamento no Centro e na Zona Leste, principais áreas comerciais da capital. Mesmo com a operação, o G1 constatou uma movimentação parcial de lojistas e funcionários no Centro.

    Comboio policial na Zona Leste de Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

    Comboio policial na Zona Leste de Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

    Várias contenções de ferro foram instaladas pela polícia em áreas que dão acesso a uma área de intensa movimentação no Centro durante o final do ano, a Marechal Deodoro. PMs monitoram a entrada de pessoas no local.

    O G1 verificou vários funcionários de lojas passando por essa contenção. A PM informou que os comerciantes alegaram a entrada nas lojas para organização de estoque e vendas on-line.

    "Estamos aqui hoje, nessa fiscalização, para dar cumprimento ao decreto, e na Operação Pela Vida. O objetivo é fazer com que as pessoas cumpram o decreto. Aquelas pessoas que insistem em não cumprir esse decreto, elas serão devidamente penalizadas. Vamos orientar os estabelecimentos não essenciais que estão abertos e, aqueles que insistirem, serão levados para a delegacia", disse o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates.

    Policiais fiscalizam lojas em Manaus neste sábado (26). — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

    Policiais fiscalizam lojas em Manaus neste sábado (26). — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

    O decreto prevê multas de até R$ 50 mil para os estabelecimentos que insistirem em abrir. A "Operação Pela Vida" vai contar com a atuação das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Procon Amazonas e Departamento de Vigilância Sanitária (DVisa), entre outros órgãos de segurança.

    Na Zona Leste de Manaus, a movimentação também estava baixa na manhã deste sábado, com grande parte do comércio fechado. Segundo o major Luiz Vital, subcomandante do Comando de Policiamento Leste, até o início da manhã, não foi necessário realizar nenhuma prisão.

    Conforme ele, os comerciantes estão obedecendo o decreto na Zona Leste. "É uma medida não muito bem aceita por grande parte da população, mas não estamos aqui contra o cidadão, estamos procurando conversar, orientar e estamos sendo bem recebidos pelos comerciantes", disse.

    G1