Vereadores de SP aprovam aumentos de 47% a 56% para prefeito, vice e secretários

Vereadores de SP aprovam aumentos de 47% a 56% para prefeito, vice e secretários

De acordo com Projeto de Lei (PL) 173/2018, a partir do dia 1º de janeiro de 2022, o prefeito Bruno Covas (PSDB) passará a receber R$ 35.462,00; seu vice, o atual vereador Ricardo Nunes (MDB), receberá R$ 31.915,80; e os secretários municipais receberão R$ 30.142,70.

Atualmente o prefeito recebe R$ 24.175,22, vice recebe R$ 21.700,00 e secretários recebem R$ 19.340,40.

O PL foi apresentado pelos vereadores Milton Leite (DEM), Rodrigo Goulart (PSD), Arselino Tatto (PT) e Celso Jatene (PL). Na documentação do PL, se alega que o executivo teve perdas em seus subsídios com a inflação dos últimos anos e que o impacto orçamentário seria mínimo.

Mais sobre o assunto

Segundo o vereador Fábio Riva, o reajuste é justo, porque o prefeito não recebe aumento há oito anos. “O IGP nesse período foi de 100,41%, isso é uma reposição inflacionária bem inferior”, declarou.

O vereador Claudio Fonseca (Cidadania) criticou o PL. “Esse PL pode beneficiar outros agentes, porém o conjunto dos servidores públicos municipais estão com vencimentos congelados desde 2003, recebendo 0,01% de reajuste, com exceção de 2013, quando foi 0,018%. É uma contradição profunda”, disse.

Vereadores de oposição ideológica Celso Giannazi (PSol), na esquerda, e Fernando Holiday (Patriota), na direita, também seguiram na mesma linha de crítica. Holiday disse que o aumento não é razoável num momento de austeridade fiscal em razão da pandemia do novo coronavírus.

Mesmo com os votos contrários, o PL foi aprovado em votação rápida. O PL será votado em segunda votação na quarta-feira (23/12).

A pauta de reajuste de salários não estava publicada de forma explícita no site da Câmara de Vereadores e, até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre a pauta da sessão ou da votação em plenário.