Lula tem outros familiares envolvidos em investigações

Luís Cláudio, o caçula do ex-presidente, é réu no âmbito da Operação Zelotes; empresa de Fábio Luís foi alvo da Lava Jato na terça

Lula tem outros familiares envolvidos em investigações

Além de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem outro de seus filhos envolvido em investigações criminais. Luís Cláudio, o caçula, é réu no âmbito da Operação Zelotes, que investiga um esquema de compra de medidas provisórias para favorecer montadoras de veículos.

Em 2015, o escritório de Luís Cláudio foi alvo de uma mandado de busca e apreensão da Polícia Federal devido à suspeita de que uma de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos do lobista Mauro Marcondes, investigado por negociar a edição da MP 471, que prorrogou incentivos fiscais para o setor automotivo, durante o governo Lula.

Luis Cláudio, que também é dono da empresa Touchdown, confirmou à época o recebimento de R$ 2,4 milhões, mas sustentou que os valores se referiam a projetos desenvolvidos para uma empresa de Marcondes, a Marcondes e Mautoni Empreendimentos, na área de esportes, mas nunca deu detalhes dos serviços prestados.

A defesa de Luís Cláudio negou as acusações dizendo que a "prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 - mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo".

Além do envolvimento na Zelotes, o Estado noticiou, em outubro de 2016, que um laudo da PF, com informações da Receita, apontavam uma variação "formalmente incompatível" no patrimônio de Luis Cláudio entre 2011 e 2013. O laudo faz parte do inquérito que investiga o caso do sítio de Atibaia, o mesmo que nesta terça, 10, mirou a empresa de seu irmão, Fábio Luís. Segundo o Ministério Público Federal, teriam sido repassados pela Oi/Telemar pelo menos R$ 132 milhões em favor de empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por Fábio Luís Lula da Silva, filho mais velho de Lula, pelos irmãos Fernando Bittar e Kalil Bittar e pelo empresário Jonas Suassuna.

Os advogados de Luis Cláudio disseram que o laudo não apontava nenhum ato ilícito e que a variação do patrimônio devia-se "ao fato de que Luis Cláudio pagou despesas relativas à sua empresa que foram por ela reembolsadas".

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