Exército não abrirá processo contra Cid, preso por fraudar cartão de vacina
O tenente-coronel Mauro Cid, preso na última quarta-feira (3/5) suspeito de articular o esquema de fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19, não será afastado do Exército.
A corporação informou, em nota ao Metrópoles, que não abrirá processo administrativo contra o oficial “pois o militar encontra-se à disposição da Justiça, em processo que corre em sigilo”.
O oficial da ativa e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente na quarta-feira (3/5), em investigação da Polícia Federal (PF) que apura suposta inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Segundo a corporação, o esquema que teria beneficiado Bolsonaro, a filha do ex-mandatário, além da própria família do militar.
“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o TC Mauro Cesar Barbosa Cid está em prisão preventiva, expedida por decisão do Supremo Tribunal Federal, custodiado em Organização Militar do Exército, conforme previsto na legislação em vigor. Não será aberto procedimento administrativo, pois o militar encontra-se à disposição da Justiça, em processo que corre em sigilo”, diz a nota do Exército.
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Os crimes de falsificação de documentos e falsidade ideológica, investigados na operação da PF, estão previstos no Código Penal Militar. No entanto, a Força aguardará os desdobramentos do caso na Justiça comum.
Descoberta da adulteração
Conforme revelou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, a adulteração do cartão de vacina de Jair Bolsonaro foi descoberta a partir da quebra de sigilo de mensagens do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid no inquérito das milícias digitais, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid trocou mensagens pedindo a contatos de Duque de Caxias (RJ) que fosse inserido um registro falso de vacinação para ele e para sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.
Ao se deparar com essas mensagens, a Polícia Federal levantou os registros de Cid e descobriu uma adulteração feita por uma servidora da prefeitura, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva. A partir daí, a investigação apurou que a mesma servidora, alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (3/5), havia também alterado o registro do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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