Rio: tricolor baleado por policial deixa UTI e MP adia depoimento

Rio: tricolor baleado por policial deixa UTI e MP adia depoimento

“A evolução clínica dele é bem favorável e acreditamos que ele possa ter condições clinicas adequadas para ter alta até o final desta semana”, afirmou o diretor-médico do Hospital Badim, Fábio Santoro.

No início deste mês de abril, em um bar próximo ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, dois torcedores do Fluminense foram atingidos com disparos de arma de fogo pelo policial penal Marcelo de Lima. Além de Bruno, Thiago Leonel Fernandes da Motta, 40 anos, foi alvejado. No entanto, Thiago não resistiu aos ferimentos.

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O caso aconteceu após o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense, no dia 1º de abril, em bar na região do Maracanã. A defesa do policial penal Marcelo de Lima argumenta que o agente agiu em legítima defesa.

Depoimento adiado

Nesta quarta-feira (26/4), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) colheria um depoimento de Bruno Tonini, em que ele seria questionado sobre a motivação dos crimes cometidos pelo policial.

Segundo o promotor Fabio Vieira dos Santos, que esteve no hospital, os familiares informaram que Bruno ficou tenso e receoso com a oitiva, preferindo adiá-la para um momento em que recebesse alta.

“Como ele se sentiu mal, talvez um pequeno desconforto por estar revivendo o trauma do dia, ele preferiu nos dar esse depoimento em outro momento quando estiver mais seguro e mais tranquilo”, descreveu o promotor.

MP apresenta denúncia

Em 11 de abril, o MP do Rio de Janeiro denunciou o policial penal Marcelo de Lima. O órgão ministerial considerou que os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas.

De acordo com o MP, a confusão começou quando o policial penal, que é vascaíno, disse que “petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão”. Thiago, torcedor do Fluminense, teria questionado Marcelo sobre as ofensas, o que gerou uma discussão entre eles.

O MP afirma que o policial, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas, causando a morte de Thiago e “só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade”. No momento do crime, o bar estava cheio de torcedores.

A denúncia também considera que os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado. Se a denúncia for aceita pela Justiça, o policial responderá pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

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