Campos Neto: BC atua contra "imposto perverso que prejudica mais pobres"

Campos Neto: BC atua contra

A declaração foi feita durante audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. O presidente do BC foi convidado a prestar esclarecimentos sobre a taxa de juros praticada pela instituição,

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Quando o BC aumenta os juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, o que se reflete nos preços.

Os juros mais altos encarecem o crédito e, assim, ajudam a conter a atividade econômica, com menos dinheiro em circulação. Atualmente, o índice praticado é de 13,75% ao ano.

Comissão de Assuntos Econômicos ouve Roberto Campos Neto - MetrópolesComissão de Assuntos Econômicos ouve Roberto Campos Neto

Comissão de Assuntos Econômicos ouve Roberto Campos NetoVinícius Schmidt/Metrópoles

Roberto Campos Neto - MetrópolesRoberto Campos Neto (2)

"Não tem consumo estável com inflação alta", disse Campos Neto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)Vinícius Schmidt/Metrópoles

Publicidade do parceiro Metrópoles 1Roberto Campos Neto - MetrópolesRoberto Campos Neto (4)

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto participa de uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)Vinícius Schmidt/Metrópoles

Senador Vanderlan Cardoso PSD-GO - MetrópolesSenador Vanderlan Cardoso PSD-GO

Senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO)Vinícius Schmidt/Metrópoles

Publicidade do parceiro Metrópoles 2Roberto Campos Neto - MetrópolesRoberto Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de audiência pública no SenadoVinícius Schmidt/Metrópoles

Roberto Campos Neto - MetrópolesRoberto Campos Neto (3)

Presidente do Banco Central, Roberto Campos NetoVinícius Schmidt/Metrópoles

0

Aos senadores Campos Neto citou estudos que apontam efeitos negativos da inflação nas parcelas mais pobres da população. “Recentemente, a gente viu que, quando a inflação começa a cair, a confiança do consumidor sobe. Isso significa que o consumidor começa a planejar consumir mais. Não tem consumo estável com inflação alta”, pontuou.

Campos Neto afirmou que, com a taxa de juros praticada atualmente, a intenção do BC é evitar o aumento da inflação e mitigar impactos negativos para o povo.

“A inflação é o imposto mais perverso que existe, que prejudica os pobres. É uma transferência de valor do dinheiro do governo, na qual o dinheiro perde valor na mão das pessoas e ganha em um emissor, que é o governo. De certa forma, a inflação até melhora a situação fiscal, mas às custas de desigualdade e de uma piora na qualidade do consumo”, destacou.

Veja audiência de Campos Neto com senadores:

Críticas

A taxa é alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de lideranças do Partido dos Trabalhadores, como a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann. O chefe do Executivo Federal chegou a afirmar que o índice é “absurdo” e prejudica o investimento no país.

Mesmo após a insatisfação demonstrada pelo presidente e pela base aliada, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, em decisão de março, a Selic em 13,75% ao ano. Apesar da deflação brasileira, foi considerado o cenário internacional “adverso e volátil” e a alta dos juros americanos para a decisão.

Além de comparecer à CAE, Campos Neto participará de debate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em 27 de abril. A taxa de juros também será o tema principal da discussão, convocada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

The post Campos Neto: BC atua contra “imposto perverso que prejudica mais pobres” first appeared on Metrópoles.