Durante negociações com governo, MST ocupa mais três fazendas na Bahia

Durante negociações com governo, MST ocupa mais três fazendas na Bahia

As novas ações ocorreram após o movimento anunciar que deixou uma área designada para pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na zona rural de Petrolina (PE), divisa com o território baiano.

A desmobilização na área ocorreu por decisão da Justiça Federal em Pernambuco, atendendo a pedidos do governo.

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Conforme divulgado neste domingo, famílias realizaram uma reocupação na fazenda Mata Verde, no município de Guaratinga, no Extremo Sul do estado, com cerca de 118 famílias.

No Vale do Jiquiriçá, sudoeste do Estado, outras 200 famílias ocuparam uma propriedade no município de Jaguaquara. A terceira ocupação aconteceu em Juazeiro, no norte baiano, onde aproximadamente 200 famílias tomaram 4 mil hectares em terras na região do Salitre.

De acordo com o movimento, o MST na Bahia reivindica as áreas ocupadas para fins de Reforma Agrária.

“As ações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que tem como lema: Contra a Fome e a Escravidão: por Terra, Democracia e Meio Ambiente, que reafirma a centralidade da luta pela terra no Brasil”, diz o anúncio da ocupação, na página oficial da iniciativa.

Ministério da Agricultura

Na terça-feira (18/4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, usou a conta pessoal no Twitter para criticar a ação do MST. Fávaro, que é ligado à agropecuária e foi vice-governador de Mato Grosso, classificou a iniciativa como uma “invasão” e disse que ela é “inaceitável”.

“Sempre defendi que o trabalhador vocacionado tenha direito à terra. Mas à terra que lhe é de direito! A Embrapa, prestes a completar 50 anos, é um dos maiores patrimônios do nosso país”, escreveu.

“O agro produz com sustentabilidade; se apoia nas pesquisas e em todo o trabalho de desenvolvimento promovido pela Embrapa. Atentar contra isso está muito longe de ser ocupação, luta ou manifestação. Atentar contra a ciência, contra a produção sustentável é crime e crime próprio de negacionistas”, completou o ministro.

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