AC: secretário do governo é acusado de aceitar trocar estágio por sexo

O servidor da Secretaria de Estado de Indústria, da Ciência, do Comércio, do Empreendedorismo e do Turismo (Seicetur) é conhecido como Dedé. Ele foi nomeado para o cargo em fevereiro deste ano, e tem um salário de cerca de R$ 11 mil para cumprir a função. Entre as atribuições, o profissional atua na organização de grandes eventos do governo.

No diálogo vazado, a mulher não é identificada. Em parte da conversa, o servidor pede para que ela envie fotos da região íntima e, em outro print, a suposta estudante pede que Ferreira consiga para ela uma vaga em alguma área da secretaria. Em resposta, ele diz que consegue após “conversar com o pessoal”, mas para isso, ela precisaria dormir com ele.

Veja:

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Após o vazamento das conversas, o deputado estadual Emerson Jarude (MDB) pediu a exoneração de Dedé na sessão da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nessa quinta-feira (20). O parlamentar apresentou uma indicação para a Mesa Diretora, solicitando encaminhamentos para que o servidor seja retirado do cargo.

Golpe digital

Apesar dos registros, Dedé nega qualquer tipo de irregularidade e afirma que foi vítima de extorsão. Em entrevista ao G1, ele alega que foi vítima de um golpe aplicado por uma pessoa de Belo Horizonte (MG), e confirmou a troca de mensagens.

“Tem um print vazado aí nas redes e nenhum momento esses prints falam ou comprovam que eu estou oferecendo emprego para alguém. Pelo contrário, quem lê os prints vê que eu estou dizendo que não posso dar porque não sou secretário, que não é assim que se faz. Quem continuar insistindo, quem afirmou isso vai responder na Justiça, porque não tem em nenhum momento dizendo que eu fiz isso”, afirmou o servidor.

Ele alega que depois das mensagens recebeu uma ligação ameaçando o vazamento caso não pagasse R$ 1 mil, mas que se recusou e fez uma transferência de R$ 70.

“Fui vítima de extorsão, de um golpe. Como é que uma pessoa de 47 anos, mora em Belo Horizonte pode estar querendo estágio? Ela me pediu mil reais, eu disse que não poderia dar porque eu não tinha. Eu não nego as conversas, conversei um dia com essa pessoa. É fato. Eu fui vítima de extorsão”, justificou.

Sobre as falas do deputado sobre ele, disse que vai procurar a Justiça para que o parlamentar seja responsabilizado.

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