Lula: "Precisamos convencer a não construírem onde vai ter enchente"

Lula:

“Precisamos aprender primeiro a tentar convencer essas pessoas que, no processo de construção de novas casas, não é possível construir nos mesmos lugares”, disse o presidente em declaração à imprensa.

“Nos processos de construção de novas casas nós precisamos convencer as pessoas que não é possível construir uma casa em lugar que a gente sabe que vai dar enchente. (…) Quando a gente mora perto do rio não tem jeito, não tem jeito. A gente vai sofrer enchente quando a chuva for demais”, prosseguiu o mandatário.

Na sequência, ele afirmou que o governo federal não deixará de prestar apoio ao estado, e mencionou a perda de móveis, como geladeira, fogão e colchão:

“Quero dizer ao povo do Maranhão, ao querido governador, que o governo federal não faltará, em nenhuma hipótese, às necessidades do governo do Maranhão para cuidar do povo desse estado e, sobretudo, cuidar das pessoas que estão vivendo em situação muito desagradável, como as pessoas que tiveram suas casas alagadas”.

Veja imagens do sobrevoo:

Visita ao Maranhão

Lula esteve acompanhado pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e pelos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. O ex-governador maranhense e ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já estava no local para ajudar a coordenar a ajuda federal.

Mais sobre o assunto

O governo federal já havia enviado R$ 12 milhões para auxiliar estado e prefeituras no socorro aos atingidos.

A temporada de chuvas está intensa no estado e afeta diretamente mais de 35 mil famílias, das quais 7,7 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Ao menos seis pessoas morreram em decorrência dos danos causados pela chuva.

Segundo o balanço mais recente, 64 municípios maranhenses decretaram emergência e alguns estão isolados devido a pontes derrubadas e acessos inundados.

Viagem à China

Lula deve voltar a Brasília ainda no domingo. Na segunda (10/4), ele participa de evento alusivo aos 100 dias de governo e na terça (11/4) embarca para viagem oficial à China.

A viagem de Lula ao país asiático — o maior parceiro comercial do Brasil — estava marcada para março, mas ele foi acometido por uma pneumonia e teve que adiar a ida. Naquela semana, Lula havia feito diversas viagens nacionais (foram três estados em três dias: Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro).

Auxiliares e a primeira-dama Janja defenderam que o presidente, que tem 77 anos, diminuísse o ritmo de agendas a fim de preservar sua saúde.

Neste domingo, Lula frisou que não poderia viajar a outro país sem antes visitar um dos estados brasileiros que mais sofre com as enchentes.

O governador Carlos Brandão agradeceu ao apoio do presidente da República, que também visitou um abrigo que reúne pessoas que ficaram desabrigadas por terem casas alagadas. “Sua presença aqui dá um conforto”, disse Brandão, elogiando a decisão de Lula de ir ao estado no domingo de Páscoa.

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