Corregedor da PRF indicado por Bolsonaro é exonerado por suspeita de parcialidade

Corregedor da PRF indicado por Bolsonaro é exonerado por suspeita de parcialidade

Wendel Matos foi nomeado ao cargo em 2021 pelo ex-diretor-geral da corporação na gestão Bolsonaro, Silvinei Vasques, investigado por supostamente ordenar bloqueios ilegais em rodovias federais em 2022, na data do segundo turno das eleições.

Assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, a portaria não designa um substituto ao cargo.

Veja a íntegra do documento:

Portarias de 4 de Abril de 2023 – Portarias de 4 de Abril de 2023 – Dou – Imprensa Nacional by Rebeca Borges on Scribd

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Em nota, a PRF informou que a exoneração foi motivada para “afastar qualquer sugestão de parcialidade sobre processos apuratórios internos” envolvendo o caso de Silvinei Vasques, responsável pela nomeação de Wendel Matos.

“A PRF destaca que a dispensa do corregedor-geral teve a anuência da Controladoria-Geral da União, responsável pelo Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SisCOR). Ressaltamos que não houve a demissão do corregedor-geral. O procedimento adotado foi a exoneração do cargo. Por este motivo, ele ainda é servidor da PRF”, informou a corporação.

Improbidade Administrativa

Silvinei Vasques passou a ser alvo de críticas de diferentes órgãos e setores políticos após operações da PRF durante o segundo turno das eleições. As ações, realizadas em diferentes estradas, contaram com maior atuação no Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais votos no primeiro turno.

Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação. Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Em novembro de 2022, a Justiça tornou Silvinei Vasques réu por improbidade administrativa por pedir votos para o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). A ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com o MPF, Vasques pediu votos indevidamente ao então candidato à Presidência da República e atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). Ao citar declarações de Vasques durante eventos públicos, o órgão alegou que o diretor usou a PRF para fazer uma “verdadeira propaganda político-partidária”.

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