Falso médico do Ceará ostentava vida de luxo e fotos com famosos

Falso médico do Ceará ostentava vida de luxo e fotos com famosos

Thiago trabalhou em hospitais das cidades de Itapajé, Mulungu, Baturité e Pentecoste. Somente em um deles, o de Itapajé, ele tinha salário mensal acima de R$ 40 mil.

Segundo a denúncia e ação que tramita em sigilo, Thiago trabalhou como médico sob posse de uma liminar que conseguiu na Justiça para que o diploma de medicina de uma universidade na Bolívia fosse validado no Brasil.

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O homem chegou a conseguir validação do documento pela reitoria da Universidade Estadual do Ceará (Uece). No entanto, a revalidação foi anulada, após a universidade descobrir que ele não tinha se formado. O diploma era falso. O registro de Thiago no Conselho Regional de Medicina (Cremec) também foi cassado.

O falso médico foi preso em 17 de março e solto uma semana depois. Ele usou as redes sociais para dizer que “tudo será esclarecido”.

“Não julgue, não acuse, não precipite, não apresse, porque o único que pode fazer isso é Deus. Tudo será esclarecido no tempo certo e de Deus. Aos verdadeiros amigos e amigas, minha gratidão. Estou bem e nos braços da minha família”, disse no post.

Também nas redes sociais ele mantinha fotos com famosos como Wesley Safadão, Nicole Bahls, Gusttavo Lima, Andressa Suita, entre outros. O homem também tinha imagens de armas de fogo, viagens e fotos em jatinhos particulares e carros de luxo.

Estelionato

Além do exercício ilegal da medicina, Thiago é investigado por estelionato e falsidade ideológica e de documentos, pois tentou validar um falso diploma. O caso corre em segredo de Justiça.

O falso médico também responde por tráfico internacional de mulheres, no Acre. Thiago foi um dos alvos da Operação Delivery, que investigou uma rede de prostituição e exploração sexual de mulheres em Rio Branco, no Acre. Em julho de 2013, ele foi condenado, com outros 14 denunciados, em decisão do juiz Romário Divino, titular 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco.

À época, Thiago tinha 18 anos e foi solto por ser réu primário. Mesmo assim, o processo na Justiça correu, e ele acabou condenado a 5 anos e 9 meses de reclusão em regime semi-aberto.

“Trechos de interceptações telefônicas demonstraram que os agenciadores também se inter-relacionavam, fazendo o intercâmbio de "garotas de programa", auxiliando-se mutuamente, empregando a mesma estratégia de aliciamento, oferecendo garotas para a realização de programas sexuais a clientes comuns e até praticando o tráfico internacional”, diz trecho da ação judicial na qual ele foi condenado.

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