Dino chega a Natal e promete reestruturação do sistema prisional do RN

Dino chega a Natal e promete reestruturação do sistema prisional do RN

Segundo o ministro, a visita tem como objetivo elaborar um plano de “reestruturação do sistema penitenciário” do Rio Grande do Norte. Dino tem uma reunião prevista, ainda na noite deste domingo, com a governadora Fátima Bezerra (PT) e com a equipe do Executivo estadual. Na manhã de segunda (20/3), o encontro será estendido aos demais poderes estaduais.

“Hoje pela manhã fizemos uma reunião por telefone com a governadora e com o presidente Lula, e o sentido principal dessa visita, além de entender a dimensão da crise, é dimensionarmos apoio financeiro ao Rio Grande do Norte, para que tenhamos uma reestruturação do sistema penitenciário aqui do RN, com investimentos em estrutura física”, explicou Dino.

A proposta é direcionar verbas para a compra de mais viaturas e armamentos e para reformas estruturais no sistema de segurança estadual que já existe, além da construção de novas unidades prisionais.

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Nesta semana, diversas cidades potiguares foram alvos de ataques promovidos por uma facção criminosa, que lançou ofensivas contra órgãos públicos, delegacias de polícia e veículos da frota de transporte público.

Para conter o rastro de destruição provocado no Rio Grande do Norte, o governo estadual conta com o apoio de mais de mil agentes cedidos da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional, da Polícia Penal Federal e dos estados vizinhos. Segundo o ministro, aproximadamente 700 agentes policiais das forças reforçam a segurança no estado.

Dino destacou que a visita também tem como objetivo reafirmar a confiança na governadora do estado. “Estamos aqui pra dizer que esse apoio não tem limites. Esse limite é dado pela sociedade”, prosseguiu.

“Esse apoio se traduziu no envio de aproximadamente 700 policiais das várias forças, que estão aqui”. Ao todo, o governo federal já enviou R$ 5,3 milhões ao Executivo estadual do RN.

“Quero deixar uma palavra de tranquilidade progressiva, no sentido de que acreditamos firmemente que, assim como houve um decréscimo significativo dia a dia na semana pretérita, assim será na semana que hoje se inicia. No sentido de que hoje os indicadores serão reclinantes até o pleno estabelecimento da ordem pública, que é o nosso objetivo”.

Atividade criminosa

O número de ataques criminosos que atingem diversas cidades do Rio Grande do Norte teve queda de 85,5% ao longo dos últimos seis dias, segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do estado.

A onda de violência começou na madrugada da última terça-feira (14/3); foram registrados, até sábado (18/3), 273 atos de vandalismo, somando casos tentados e consumados. No último sábado (18/3), a Secretaria de Segurança Pública contabilizou 15 crimes, o que equivale a uma queda de 85,5% ao longo de cinco dias.

Segundo investigações, as ações criminosas são ordenadas por uma facção que não aceita a transferência de líderes do crime para presídios fora do estado.

As forças de segurança do Rio Grande do Norte prenderam, até a noite deste domingo (19/3), 126 suspeitos de participação nos atos criminosos. Além disso, foram apreendidas 36 armas de fogo, 98 artefatos explosivos, 26 galões de combustíveis, motos e carros, dinheiro, drogas, munições e produtos de furto.

Operação contra facção

Na sexta-feira (17/3), as forças de segurança realizaram uma operação contra a facção suspeita de articular a onda de violência. A ação foi realizada em conjunto com as polícias Civil, Militar e Federal. Segundo a secretaria de segurança pública, 18 suspeitos foram presos, e um morreu em confronto.

O grupo alvo da operação, uma espécie de célula da facção, é liderado por José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, conhecido como Alicate. Ele está preso e foi transferido da penitenciária de Alcaçuz para o presídio federal de Mossoró na última terça-feira (14/3), como medida do governo para tentar conter as ações criminosas no estado.

O grupo criminoso, que é investigado desde 2022, movimentava aproximadamente R$ 150 mil por mês com tráfico e assaltos. Além dessas atividades ilícitas, a organização tinha como característica principal matar e atentar contra agentes de segurança pública. Pelo menos quatro policiais foram alvo de atentados nos últimos cinco anos.

A suspeita da polícia é que as pessoas ainda em liberdade estivessem cumprindo as ordens de Alicate. Os mandados eram cumpridos em Natal, Parnamirim e Nísia Floresta, na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte.

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