Deputado pede que governo americano apure fraude no visto de Bolsonaro
O deputado requer que o ex-presidente seja denunciado na Unidade de Prevenção a Fraudes e o Departamento de Segurança Interna do Estado norte-americano para a apuração e detecção de eventual fraude em sua permanência nos Estados Unidos.
No documento, Lopes aponta que, apesar de Bolsonaro ter feito pedido de mudança para o status de turista, há indícios de que o ex-presidente pretende realizar “atividades profissionais, remuneradas, durante sua estadia, e não apenas realizar atividades turísticas, como supostamente requer no processo apresentado”.
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Também lista que Bolsonaro teria declarado não ser a favor da vacina contra a Covid-19, e pode não tê-la tomado. A comprovação de vacinação completa, no entanto, é requisito para o ingresso no país de cidadãos comuns.
“Parece claro que a grande motivação para permanecer em território norte-americano é o intuito de fugir das gravíssimas investigações e processos que correm contra ele, por isso 41 membros do Congresso dos Estados Unidos da América pediram que seu visto fosse revogado , após os ataques de seus seguidores às instituições democráticas brasileiras”, diz o ofício.
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Bolsonaro viajou aos Estados Unidos em 30 de dezembro com um visto A-1, frequentemente reservado a diplomatas e chefes de Estado. A permissão perdeu a validade no fim de janeiro.
O documento expirou porque, de acordo com as regras vigentes nos EUA, portadores de vistos diplomáticos que deixam o cargo devem submeter pedidos de permanência em até 30 dias. Dessa forma, como Bolsonaro perdeu o mandato em 1º de janeiro, ele teve de preencher um formulário e enviá-lo à Divisão Diplomática do Governo até o dia 31 deste mês.
O pedido de Bolsonaro foi recebido pelas autoridades norte-americanas na última sexta-feira (27/1). Segundo o periódico britânico Financial Times, a defesa de Bolsonaro teria alegado que, enquanto tramitarem processos contra ele no Brasil, o ex-presidente deve ficar fora do território brasileiro.
No sábado (28/1), o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL), disse que o pais pode “nunca” voltar ao Brasil. Questionado sobre quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.
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