À PF Torres cita reunião em 6/1 e diz que PM não seguiu plano durante atos golpistas

À PF Torres cita reunião em 6/1 e diz que PM não seguiu plano durante atos golpistas

De acordo com o depoimento de Anderson Torres, que está preso desde o dia 14/1, estabeleceu-se um Protocolo de Ações Integradas (PAI), supostamente encaminhado aos órgãos e às instituições necessários. O ex-ministro de Bolsonaro também afirma ter recebido a informação de que, no dia 8, haveria a manifestação, mas se defende afirmando que a SSP-DF não possui atribuições de responsabilidades operacionais.

Participaram da reunião de 6/1, segundo o ex-secretário do governo Ibaneis Rocha (MDB): representantes das polícias Civil e Militar do DF, do Corpo de Bombeiros Militar, do Detran, do DF Legal, do Senado, da Câmara, do Supremo Tribunal Federal, do Ministério de Relações Exteriores, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento de Estradas de Rodagem do DF.

Caso a execução do protocolo fosse seguida, afirma Anderson Torres no depoimento, “os atos criminosos do dia 8/1” teriam sido impedidos. Em outro momento, ele vai além e diz que “se tivessem cumprido o plano assinado, esses fatos jamais teriam acontecido”.

Torres aponta que caberia à PM, por exemplo, “planejar e executar ações de policiamento ostensivo com o objetivo de manter e preservar a ordem pública durante a realização do evento, empregando para esse fim efeitos e meios necessários, conforme planejamento da própria instituição e o acordado na reunião realizada no dia 6”.

Dessa forma, argumenta o ex-ministro, a PM deveria ter apresentado condições de empregar tropa especializada em controle de distúrbio no caso de perturbação da ordem, além de não permitir acesso de pessoas ou veículos à Praça dos Três Poderes, “conforme tratado em reunião e no protocolo de ações”.

A Polícia Militar também deveria, diz Torres no depoimento à PF, manter reforço de efetivo nas adjacências e no perímetro interno dos prédios públicos em toda a extensão da Esplanada dos Ministérios, do Congresso Nacional e da Praça dos Três Poderes.

Anderson Torres também afirma não ter recebido o planejamento operacional da PM, e que soube, por meio do relatório final da intervenção na Segurança Pública do DF, que tal documento não existia. O ex-secretário argumentou que não cabe à SSP dimensionar a tropa ou interferir na execução ou elaboração dos planos operacionais da organização.

O que dizia o protocolo, segundo depoimento de Anderson Torres

De acordo com o ex-secretário de Segurança Pública do DF, exonerado após os atos de 8/1, o Protocolo de Ações Integradas está a orientação para a proibição de instrumentos capazes de produzir lesões corporais, além de danos ao patrimônio. As informações no documento não impedem, afirma, que as instituições ou órgãos adotem medidas de segurança, em sua competência, para lidar com eventos identificados durante a manifestação.

O PAI também previa, segundo Torres, mudanças de cenário: como a chegada de mais ônibus no acampamento de bolsonaristas. Nesse caso, o ex-secretário afirma que o Protocolo previa o fechamento para o trânsito das vias da Esplanada.

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