Senado expõe primeira tela restaurada após ataque golpista em 8/1
A pintura foi feita em acrílico sobre eucatex (chapa de fibra de madeira) e mede 92 por 112 centímetros. A obra foi encontrada no chão, fora da moldura, encharcada e empenada pela umidade, após os terroristas acionaram mangueiras de combate ao incêndio.
“A gente cuida de todas as obras da Casa com muito carinho. Quando percebi o estado em que ela estava, foi chocante. É de arrepiar. Mas, quando terminei o trabalho de restauração, foi uma alegria no laboratório. Ela ficou linda de novo, está perfeita!”, contou Nonato Nascimento, conservador do Laboratório de Restauração do Senado, para a Agência Senado.
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A obra já estava com fungos quando Nonato começou seu trabalho. Além disso, a tela foi danificada com arranhões provocados por fragmentos de vidros quebrados.
“Borrifei uma mistura de álcool e água no fundo da tela, onde estava a maior parte dos fungos. Removi os esporos com um aspirador e uma escova macia. Coloquei a tela entre papéis mata-borrão para retirar a umidade e, depois, em uma prensa para planificar. Fiz a reintegração cromática nos locais onde houve danos e perda de policromia”, explicou o conservador.
Guido Mondin nasceu em Porto Alegre (RS) em 1912 e foi senador. Ele doou vários de seus quadros ao Senado. O pintor produziu mais de 4 mil telas. A temática das pinturas passava pelo cotidiano do povo gaúcho, a Revolução Farroupilha e principalmente telas religiosas.
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