Ataques no DF: vídeo mostra homem destruindo relógio de Balthazar Martinot

Ataques no DF: vídeo mostra homem destruindo relógio de Balthazar Martinot

O relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

Nas imagens, obtidas pelo Fantástico, um homem de cabelos negros e curtos, vestindo uma camisa com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aproxima-se da mesa, onde está o relógio, e puxa a obra para o chão. Em seguida, arrasta móveis próximas à obra e esvazia um extintor de incêndio em cima de um lance de escadas.

Veja vídeo:

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Confira outras obras destruídas pelos terroristas:

relógioRelógio de Balthazar Martinot

Relógio, de Balthazar Martinot reprodução

imagem colorida Relógio, de Balthazar Martinot, foi destruído durante os atos golpistasrelógio destruído

Relógio, de Balthazar Martinot, foi destruído durante os atos golpistas

Publicidade do parceiro Metrópoles 1quadroreprodução as mulatas

As mulatas, de Di Cavalcanti, principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgosReprodução

As mulatas José Cruz Agencia Brasil

As Mulatas, de Di Cavalcanti Foto: José Cruz/Agência Brasil

Publicidade do parceiro Metrópoles 2obra de arteO Flautista

O Flautista, de Bruno Giorgi Beto Barata

foto de sala com mesa de madeira com três cadeiras na frente, uma em cada ponta e uma na parte de trás e quadro na parede - metrópolesMesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck

Mesa de trabalho de Juscelino KubitscheckFoto: Divulgação

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De acordo com o Palácio do Planalto, os bolsonaristas destruíram obras que estavam no térreo, no primeiro e no segundo andar do prédio.

Veja a lista abaixo:

No andar térreo:

Obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.
Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.

No 2º andar:

O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras.

No 3º andar:

Obra “As mulatas”, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até 5 vezes maior em leilões.
Obra “O Flautista”, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliado em R$ 250 mil.
Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.
Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dos relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, diz que será possível realizar a recuperação da maioria das obras vandalizadas, mas estima como “muito difícil” a restauração do Relógio de Balthazar Martinot.

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