Ministro de Bolsonaro critica pronome neutro em posses do governo Lula

Ministro de Bolsonaro critica pronome neutro em posses do governo Lula

“Enquanto ministro da Educação, fui contra o uso da linguagem neutra, preservando o mais belo edifício nacional: a língua portuguesa. A linguagem neutra impactará significativamente o processo de alfabetização em nosso país. (…) É lamentável ver nossa língua ser deturpada em cerimônias oficiais do governo, justamente por quem deveria zelar por um dos maiores patrimônios do povo brasileiro”, criticou o ex-ministro.

Sala de aulaLinguagem neutra

CLDF debate projeto para barrar linguagem neutra no DF Hugo Barreto/Metrópoles

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Publicidade do parceiro Metrópoles 1O ministro da Educação, Victor Godoy, dá entrevista coletiva a jornalistas do lado de fora do prédio da pasta - Metrópolesfoto-2-ministro-educação-victor-godoy-da-entrevista-coletiva-imprensa-brasilia-02122022

Victor GodoyRafaela Felicciano/Metrópoles

Victor Godoy Veiga, até então secretário-executivo do Ministério da Educação, foi nomeado ministro interino da pasta após a saída de Milton Ribeiro. Na foto ele sorri, frente à bandeira do Brasil numa sala, e usa terno - Metrópolesfoto-victor-godoy-veiga-nomeado-ministro-interino-no-ministro-da-educação-30032022

Nome de Victor Godoy Veiga apareceu no DOU como ministro interino da EducaçãoMEC/Divulgação

Publicidade do parceiro Metrópoles 2O ex-ministro da Educação ao lado do recém nomeado a cargo, Victor Godoy, na época secretário. Eles falam em coletiva de imprensa sentado frente a mesa com microfones - Metrópolesfoto-ex-ministro-da-educação-milton-ribeiro-e-novo-victor-godoy-coletiva-imprensa

Milton Ribeiro e Victor GodoyLuis Fortes/MEC

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A linguagem neutra propõe o uso de um gênero neutro na comunicação. Na língua portuguesa, a mudança é tema de projeto de leis em 19 estados brasileiros e no Distrito Federal, de acordo com levantamento feito pela Agência Diadorim. No total, 34 propostas têm por objetivo impedir a variação gramatical para além dos gêneros feminino e masculino.

Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco e Rio de Janeiro lideram a lista na quantidade de propostas de lei, cada unidade federativa com três.

Regionalmente, o Sudeste é onde existem mais proposições (11), seguido do Nordeste (10), e do Sul e Centro-Oeste, ambos com seis. No Norte, além de Rondônia, o Amazonas discute o assunto.

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“A linguagem neutra trará retrocessos preocupantes para a alfabetização. Para agradar uma parcela minoritária da população, podem colocar em risco a educação de milhões de crianças, prejudicando o futuro de nossa nação”, finalizou o ex-ministro.

O pronome neutro foi utilizado durante a posse do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT): a cerimonialista se dirigiu ao público com “todos, todas e todes”. A linguagem também apareceu nas posses dos ministros de Direitos Humanos e da Cidadania, da Cultura, da Mulher, e das secretarias Geral da Presidência e de Relações Institucionais. Além disso, a primeira-dama, Janja da Silva, usou o termo “todes” na posse da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

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