"Maior emoção da vida", diz piauiense que deu caneta usada por Lula

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De sua casa, na cidade de Altos, região metropolitana de Teresina, Fernando viu Lula relembrar o dia em que foi presenteado por ele, em 1989. À época, o petista disputava sua primeira corrida presidencial e ganhou uma caneta do eleitor, que pediu que a utilizasse no momento da posse:

“Eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício. Depois, nós fomos caminhar até a igreja São Benedito. E, ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que era pra eu assinar a posse se eu ganhasse as eleições de 89”, relembrou.

Sessão solene de posse, no Plenário da Câmara, onde Lula faz o Compromisso Constitucional e assina termo de posse, juntamente com o vice presidente Alckmin. Local: Plenario camara dos deputados ulysses guimaraes
Lula conta história de quando Fernando Menezes o presenteou com uma caneta para “assinar a posse” como presidente

Fiel apoiador de Lula

Um grande apoiador do político, Fernando disse que já havia se encontrado com Lula outras vezes e sempre fazia questão de presenteá-lo com alguma lembrança. “Eu já dei cajuína, dei mel, dei camisa, dei boné”, comemora.

“Naquela época que eu ele veio eu estava em Picos, cidade grande, e lá eu comprei duas canetas. Cheguei na hora que o Lula estava na caminhada e estava um calor terrível, era cerca de 11h30/12h, e na hora eu não tinha nada para dar para ele, nem camisa e nem boné”, conta.

“Então eu tirei a caneta do bolso e disse a ele: Lula, essa caneta é para você assinar seu termo de posse quando for eleito presidente”, relembra o piauiense.

Fernando, no entanto, não esperava que a assinatura demorasse tanto e nem que o petista se lembraria deste momento, depois de 33 anos. “Foi a maior emoção da minha vida. Eu me deitei na cama e nem consegui me mexer. Só pensava "meu Deus, foi a caneta que dei para ele naquele dia'”, afirma.

Aquele dia aconteceu em 1989 e Lula disputava sua primeira eleição para a Presidência. À época, ele perdeu a disputa para Fernando Collor e só conseguiu chegar à cadeira de presidente em 2003, três eleições mais tarde do encontro com Fernando.

“Essa homenagem não foi para mim, foi para o povo piauiense”, elencou o homem.

Apesar da alegria, Fernando diz que vai fazer “cobranças” ao presidente. “Vou cobrar dele o uso dessa caneta pelo Piauí. Para acabar com a fome e a miséria e ampliar a Universidade Estadual e a Universidade Aberta do Piauí. É isso que eu quero, que ele retribua o que o povo do Piauí deu para ele. Que ele traga o que a gente merece”, revelou.

Lula - Fernando Menezes - Caneta - Posse
Fernando ao lado de Lula durante comício do petista

Longa história com Lula

Além de fiel apoiador do presidente, o homem também diz que foi o próprio Lula quem assinou seu termo de filiação ao PT. “Acompanho o Lula desde quando o partido nem existia. Já me encontrei com ele em Brasília, em São Paulo e em todas vezes que ele veio ao Piauí”, relembra.

“Logo após a fundação do Partido dos Trabalhadores, eu queria me filiar, mas ninguém quis assinar minha ficha. O Lula então veio conversar comigo e assinou. Foi ele quem assinou minha ficha de abono ao PT, lá em Teresina”, finaliza.

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