Goiás: psicóloga que morreu em ressonância sofreu parada cardíaca

Goiás: psicóloga que morreu em ressonância sofreu parada cardíaca

“Paciente evoluiu logo em seguida com PCR (parada cardiorrespiratória) em assistolia. Realizado IOT (intubação orotraqueal) mais manobra de RCP (ressuscitação cardiopulmonar), sendo realizado 3 ciclos com administração de 2 ampolas de adrenalina”, diz o documento escrito pela equipe médica, divulgado pelo G1.

Bruna Nunes de Faria teve dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) há pouco mais de um mês, e passava por série de exames para descobrir a causa.

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Segundo o documento, a psicóloga relatou mal estar e falta de ar 30 segundos após receber 10ml de contraste na corrente sanguínea. Ela, então, foi retirada imediatamente da máquina de ressonância e levada para uma sala de recuperação.

De acordo com os médicos responsáveis pelo atendimento, a jovem apresentou uma “piora clínica súbita” e cianose, quadro que acontece quando o sangue que chega nas artérias tem pouco ou nenhum oxigênio.

O relatório indica que Bruna passou mal às 9h30 e morreu 40 minutos depois, às 10h09. Durante esse tempo, a equipe tentou fazer a reanimação, mas sem sucesso.

Atendimento inadequado

A mãe dela, a professora de educação física Jane Alves de Souza, denunciou a falta de preparo para o socorro da filha. Segundo ela, não havia uma equipe médica de prontidão tampouco equipamentos adequados para reverter a situação.

“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: "Estou passando mal", e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei: "Pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?". E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela, e ela [Bruna] falou: "Estou sem ar". Foi a última palavra que ela falou”, relatou Jane.

“Se eles sabiam que existia essa possibilidade de reação ao contraste, tinha que ter todo o aparato para salvar ela. Tinha que ter um oxigênio. Tinha que ter uma maca preparada. Eles fizeram os primeiros socorros, mas a ambulância chegou em 20 minutos, ela já estava roxa”, acrescentou a mãe da vítima.

Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, que fica na Avenida Portugal, no Setor Marista.

Também ao G1, a defesa da clínica informou, em nota, que há dois grupos distintos operando sob o nome CDI. Um sob responsabilidade dos médicos Luiz Rassi Júnior e Colandy Nunes Dourado e outro sob o comando dos médicos Ary Monteiro Daher e Adriana Maria Monteiro, sendo que o procedimento que a jovem realizou faz parte dos serviços prestados pela equipe chefiada por Ary e Adriana. Os grupos estão em fase final de separação judicial.

A Polícia Civil de Goiás investiga o caso. A causa da morte será identificada por autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML).

A psicóloga nasceu em Bonfinópolis, onde foi velada e enterrada na quinta-feira (22/12). Ela trabalhava como psicóloga da Prefeitura de Silvânia (GO).

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