Lula diz que comandantes das Forças Armadas ainda não estão escolhidos

O presidente eleito não garantiu sequer se pretende indicar os oficiais mais antigos de cada Força para os cargos de comando. “O critério será [escolher] os melhores”, disse Lula, em entrevista na sede da transição de governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

“Não poderia haver ninguém mais preparado pra cuidar da Defesa que o companheiro José Múcio. Tenho certeza que ele dará conta do recado e elas irão cumprir a missão principal, cuidar da segurança do país”, disse o presidente eleito. “Os comandantes ele vai conversar e levar para mim aprovar, se eu aceito ou não. Costumo trabalhar por relação de confiança. Se chamei pra ser ministro, é porque confio. Tenho certeza que José Múcio escolherá os melhores”, completou Lula.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, anuncia primeiros ministrosRafaela Felicciano/Metrópoles

Lula anuncia nomes dos primeiros ministros no CCBBRafaela Felicciano/Metrópoles

Flávio Dino foi anunciado como ministro da Justiça por LulaRafaela Felicciano/Metrópoles

Não foram anunciados todos os nomes que comandarão a EsplanadaRafaela Felicciano/Metrópoles

Mercadante participa do anúncio dos primeiros ministros do governo LulaRafaela Felicciano/Metrópoles

José Múcio será o ministro da Defesa de LulaRafaela Felicciano/Metrópoles

Fernando Haddad e Flávio DinoRafaela Felicciano/Metrópoles

Rui Costa, chefe da Casa Civil de LulaRafaela Felicciano/Metrópoles

Rui Costa (E), chefe da Casa Civil de Lula, e José Múcio, da DefesaRafaela Felicciano/Metrópoles

Fernando Haddad, ministro da Fazenda de LulaRafaela Felicciano/Metrópoles

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Relação tensa

O presidente não reeleito Jair Bolsonaro (PL) é militar da reserva e sempre teve relação próxima com os fardados, tendo levado vários deles para o primeiro escalão do governo. A vitória de Lula nas eleições não era a situação favorita para a maioria dos militares e há a preocupação de criar novas pontes entre as partes.

Os militares têm sido pressionados por manifestantes acampados em frente a quartéis a dar um golpe para evitar a posse de Lula. O golpismo não faz sucesso entre os oficiais da ativa, mas o anúncio do ministro da Defesa tem o objetivo de desmobilizar quem insiste nas ideias antidemocráticas, seja dentro das Forças, nas redes sociais ou nas ruas.

“Eu fui presidente por oito anos, tive relação com as Forças Armadas, do meu ponto de vista, extraordinária”, disse Lula, após anunciar seu ministro.

Segundo Lula, ele foi o presidente que mais “recuperou as necessidades estratégicas”.

Nunca receberam tanta ajuda de um governo. Hoje, o Brasil tem aviões. O Exército não tinha nada. Recuperamos batalhão de engenharia do Exército. Na Marinha ,a mesma coisa. Vamos continuar fazendo mais, porque elas têm papel constitucional, de cuidar da soberania nacional e proteger de inimigos externos. Não foram feitas pra fazer política. Pessoas ativas das Forças Armadas têm missão nobre”, concluiu Lula.

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