Operações policiais deixam ao menos 14 mortos em comunidades no Rio
As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.
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As ações provocaram fechamento de 40 escolas, além de postos de saúde nas comunidades. O perfil no Instagram do veículo de imprensa comunitária independente “Maré de Notícias” detalhou a operação no Complexo da Maré, criticando a truculência.
Em uma postagem, eles afirmam que a operação “chama atenção mais uma vez e marca o conjunto de favelas pela quantidade e intensidade de ações truculentas, mortes e violência com moradores”.
Veja:
O que acontece na Maré nesta sexta-feira é uma chacina. Ainda não é possível contabilizar o número de mortos e feridos. Moradores foram agredidos e atacados com bombas e spray de pimenta. São infinitas as violações. O comum no dia de hoje nas ruas da Maré foi a truculência.
— Maré de Notícias (@MareNoticias) November 25, 2022
No Complexo da Maré, Renan de Souza Lemos, 24, morreu baleado durante uma ação integrada das polícias Civil e Militar. A família afirma que a vítima trabalhava como motorista de aplicativo e entregador. Ele deixa dois filhos pequenos. A Delegacia de Homicídios da Capital instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte.
Outras quatro pessoas, consideradas suspeitas pela PM, também morreram. Uma delas seria Mario Silva Ribeiro Leite, apontado como traficante pela corporação.A polícia afirmou que a ação realizada na sexta visava “coibir movimentações criminosas relacionadas a roubo de carga e roubo de veículos”. Em protesto, moradores atearam fogos em objetos na avenida Brasil, em ponto próximo aos acessos ao conjunto de favelas.
Segundo a polícia, houve a apreensão de cerca de uma tonelada de drogas e de oito carros roubados.
Morro do Juramento
No Morro do Juramento, seis pessoas morreram durante uma ação da PM. Segundo a corporação, todos eram suspeitos e foram mortos em confronto com os agentes. Um agente também foi ferido por um tiro em uma das mãos.
O confronto, de acordo com a polícia, teria ocorrido após agentes do 41° BPM (Irajá) terem sido atacados por um grupo de homens armados.
“Após o cessar dos disparos todos foram socorridos para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Cinco deles não resistiram aos ferimentos. Um outro suspeito internado sob custódia”, disse a corporação.
De acordo com a PM, a operação visava “reprimir o tráfico de drogas e as ações de criminosos no entorno da comunidade”. Os agentes apreenderam um fuzil, quatro pistolas, uma granada e drogas. A ocorrência foi encaminhada para a 27° Delegacia de Polícia, em Vicente de Carvalho.
Niterói
Em Niterói, na região metropolitana, outra operação policial deixou três mortos e dois feridos na sexta. A corporação informou que agentes faziam patrulhamento no Morro do Estado quando foram informados sobre disparos de armas na comunidade.
A corporação foi até o local e encontrou homens armados dando início ao tiroteio. Após o confronto, três suspeitos foram mortos e dois levados ao hospital. Com eles, foram apreendidos um fuzil, três pistolas, drogas e um radiocomunicador.
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