Pastor PM é preso por mentir que sócio era estuprador e mandar matá-lo
O motorista de aplicativo Sebastião Filho Ibiapino de Miranda (à direita na imagem em destaque), de 41 anos, foi assassinado com facadas em um suposto latrocínio na noite de 13 de novembro, um domingo. Ele foi morto quando voltava de um culto no Morro do Mendanha.
pastor pm preso matar motorista goiania goias (4)pastor pm preso matar motorista goiania goias (1)pastor pm preso matar motorista goiania goias (3)pastor pm preso matar motorista goiania goias (5)pastor pm preso matar motorista goiania goias (7)0No entanto, as polícias Militar e Civil de Goiás descobriram que, na verdade, Sebastião foi executado a mando do próprio sócio e pastor Josselice José Barbosa (à esquerda na imagem em destaque), de 57 anos, que também é cabo da PM aposentado.
Acusação mentirosa
Segundo o delegado André Veloso, o líder religioso encomendou o homicídio para o fiel Jonathan Monteiro Duarte, de 24 anos, alegando que o motorista era um estuprador em série, inclusive com vítimas crianças. Só que essa acusação era mentirosa e servia apenas para motivar os executores.
Jonathan, então, chamou outros três colegas: Matheus Henrique Ramalho de Souza, Joel Afonso da Silva, de 18 anos, e João Vitor Leal Vicente, de 19. Juntos, os quatro cometeram o crime após o culto. Eles chegaram a filmar o momento em que jogavam o corpo ensanguentado de Sebastião em um córrego.
Os quatro roubaram o carro da vítima e poderiam ficar com o dinheiro da venda do veículo, de acordo com o que foi combinado com o pastor. O próprio líder religioso teria levado o grupo para o local do crime.
Vítima e assassinos frequentavam a mesma igreja, uma congregação batista no bairro Nova Esperança, na capital goiana. Nenhum deles tinha antecedentes criminais.
Briga comercial
De acordo com as investigações, o pastor Josselice e o motorista Sebastião eram sócios em um salão de locação para eventos no Jardim Nova Esperança. Eles teriam tido desentendimentos e a vítima teria ameaçado sair da sociedade. Essa briga teria motivado o crime.
O delegado André Veloso disse que os executores relataram que o pastor ofereceu três facas para que o homicídio fosse cometido. “Simularam latrocínio para afastar suspeita deles e do pastor”, explicou o delegado.
Uma equipe da Polícia Militar chegou a prender os quatro suspeitos do crime na sexta (18/11), mas como não havia flagrante eles foram ouvidos e liberados. Voltaram a ser presos nesta segunda, após pedido de prisão e decisão favorável do Judiciário.
A reportagem tenta contato com os advogados dos cinco suspeitos presos.
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