Racismo: funcionária da Renner acusa mulher negra de roubar roupas
Uma mulher negra que experimentava roupas no provador alega que foi vítima de racismo por parte de uma funcionária. De acordo com a cliente, a trabalhadora a acusou, sem provas, de roubar peças da loja.
“Minha prima estava no provador da Renner quando, de repente, entrou uma funcionária a coagindo, a empurrando na parede, mandando tirar tudo o que ela "pegou'”, escreveu uma familiar da cliente, em publicação nas redes sociais.
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Um vídeo mostra o momento em que a cliente discute com a funcionária. Ela recebe apoio de outras pessoas que estavam no provador e presenciaram a situação.
“Ela falou: tira tudo que tá dentro da bolsa. Me dá a bolsa que eu vi você pegando”, afirma uma cliente sobre o comportamento da vendedora. “Pela cor da pele. Isso é um absurdo”, continua a mulher. Veja:
RENNER DE MADUREIRA RACISTA!!!!
Gente, minha prima estava no provador da renner quando de repente entrou uma funcionária coagindo ela EMPURRANDO ela na parede mandando ela tirar tudo que ela “pegou”, ela assustada abriu a bolsa perguntando ser do casaco q ela est+ #rennerracista pic.twitter.com/hifB1KG7UJ— J (@ju_cst) November 12, 2022
“Renner racista”
De acordo com a publicação nas redes sociais, diversos clientes do shopping iniciaram um protesto contra a atitude da funcionária. O grupo gritou a frase “Renner racista” em frente à loja.
“Começamos a fazer barulho e a gerente branca falou que não precisava disso, porque era uma coisa mínima. Minha prima em prantos, e em momento nenhum ouvimos um pedido de desculpa”, escreveu.
a gerência e a policia! A gerente chegou e ja mandou os funcionários irem embora. Então começamos a fazer barulho e a gerente BRANCA falou que não precisava disso porque era uma coisa mínima! Minha prima em prantos, e em momento nenhum ouvimos um pedido de DESCULPA pic.twitter.com/zhwk0KGE5a
— J (@ju_cst) November 12, 2022
A Polícia Militar foi chamada até o local. De acordo com o relato nas redes sociais, um dos militares disse que não havia ido até o local “para armar circo”.
A reportagem do Metrópoles procurou a PM do Rio de Janeiro para que prestasse esclarecimentos sobre o assunto, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. Este espaço será atualizado caso haja retorno.
“Inaceitável”
Em nota enviada ao Metrópoles, a Renner classificou o episódio como “inaceitável”. De acordo com a empresa, a funcionária que aparece nas imagens foi demitida.
“A abordagem realizada foi totalmente inadequada e não está alinhada aos valores das Lojas Renner, por isso a colaboradora responsável já não faz mais parte do quadro de colaboradores da companhia. Nos sensibilizamos, lamentamos profundamente o ocorrido e daremos apoio à cliente, nos colocando à sua disposição”, informou a empresa.
A Renner também pontuou que “não tolera racismo ou qualquer tipo de preconceito e discriminação”. A empresa disse ter uma política de direitos humanos e um código de conduta para promoção da igualdade.
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