Campos Neto sobre sensibilidade do mercado: "Incerteza sobre o fiscal"

Campos Neto sobre sensibilidade do mercado:

“Os mercados estão sensíveis à questão fiscal, pois estão tentando entender como [o governo] vai pagar as dívidas da pandemia”, declarou Campos Neto. “A gente entende que teve um gasto grande, mas queremos saber como será o planejamento para atender o social e o fiscal”, completou.

A avaliação de Campos Neto também faz referência às dúvidas sobre a política fiscal que será adotada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em detrimento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e a falta de indicação sobre quem será o Ministro da Fazenda.

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Na quinta-feira (10/11), Lula criticou a forte oscilação do Ibovespa e do dólar após sua fala em relação ao teto de gastos e a questão fiscal. “Nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso”, disse o presidente.

Selic e choques

O presidente do BC explicou ainda que os juros no resto do mundo ainda devem subir, incluindo os Estados Unidos. “Grande parte do mundo ainda projeta aumento de juros, com exceção do México e Chile”, disse.

Durante a apresentação, ele explicou que o BC avalia os recentes choques, como a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, que desbalancearam toda cadeia de oferta e demanda. “Esse cenário mostrou um problema de demanda com oferta pouco adaptável [a problemas]”, disse.

“Vemos muitos debates sobre a natureza da inflação, mas uma coisa é clara, precisamos fazer reformas que atuam do lado da oferta”, pontuou. Campos Neto elencou reformas estruturantes, de impostos e citou que o mundo precisa voltar a uma cooperação internacional.

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