América Latina: vitória de Lula reforça esquerda e acende temor fiscal
O avanço de uma “nova onda rosa” no continente, principalmente na América do Sul, faz o mercado levantar os riscos fiscais de um eventual aumento dos gastos públicos.
Veja imagens de Lula após a vitória:
foto-2-presidente-eleito-lula-encontra-presidente-argentina-alberto-fernandes-hotel-sp-31102022Lula em almoço com o presidente da ArgentinaFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 5Lula e aliados fizeram comemoração em SPFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 8O presidente eleito Lula discursou na Avenida PaulistaFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 7Lula estava acompanhado de aliadosFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 5Lula discursa após a vitória nas urnasFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 4Luiz Inácio Lula da Silva é eleito pela terceira vezFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 1Lula faz uma declaração pública em hotel de SP após vitória nas urnasFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 - MetrópolesO presidente eleito fez uma fala de uniãoFábio Vieira/Metrópoles
Luiz Inacio Lula da Silva (PT), faz o pronunciamento de vitoria, apos a apurac?a?o do segundo turno das eleic?o?es 2022 1Presidente eleito Lula da SilvaFábio Vieira/Metrópoles
foto-lula-discursa-apos-eleicao-vitoria-segundo-turno-presidencia-30102022Lula declarou que "não existem dois Brasis, somos um único país"Fábio Vieira/Metrópoles
0Reestatização
O economista-chefe da agência classificadora de riscos Austin Raiting, Alex Agostini, declarou ao Metrópoles que Lula não representa um risco de ruptura democrática, mas fiscal. “Sua eleição é chamada de "redemocratização", mas existe a questão da estatização e da reestatização de empresas de capital aberto e os riscos fiscais envolvendo isso”, disse.
Agostini reiterou que o Brasil tem um rumo próprio diante de suas dificuldades. “O Brasil não vai virar uma Argentina, mas também não virará uma Suíça. Vai continuar sendo o Brasil. Com todas as suas dificuldades, e que precisa de uma política econômica que compense suas diferenças regionais”, destacou.
Preocupação
A professora de Relações Internacionais da Fespsp, Flavia Loss Araújo, explicou ainda que governos de centro-esquerda são sempre um motivo de preocupação do mercado, “pois há a crença do descuido da responsabilidade fiscal. Ou seja, criando um endividamento que pode se converter em aumento de impostos e inflação”.
Para ela, a discussão entre os governos locais, a universidade e sociedade deveria ser outra. “A América Latina precisa se debruçar agora na discussão sobre a qualidade da democracia, pois isso garante a integridade dos bons negócios e segurança jurídica”.
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“Confortáveis”
Já o economista-chefe da Análise Econômica Consultoria, André Galhardo, explicou que a eleição de Lula traz de volta os riscos relacionados aos governos Dilma Rousseff, mas que a questão fiscal nos governos Lula em si, “foram muito confortáveis”.
“O que o mercado teme em relação ao Brasil e à América Latina já acontece desde esse governo. Estamos em um estado de emergência e com muitas mudanças na Constituição promoveram aumentos de gastos extra teto. O quadro fiscal desfavorável de 2023 é por causa deste governo não de Lula”, afirmou.
Para o economista, o Brasil precisa retomar o diálogo com os outros países do bloco, incluindo a Venezuela. “Não precisa apoiar o regime, o governo não precisa endossar a postura do presidente [Nicolás Maduro], mas precisa olhar a Venezuela como potencial mercado consumidor”.
Veja a divisão de governos na América Latina:
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