Haddad pressiona Tarcísio sobre tiroteio: "Não se destrói provas"

Haddad pressiona Tarcísio sobre tiroteio:

O candidato do PT começou o quarto bloco do programa selecionando como tema “violência da mulher”. Após o ex-ministro da Infraestrutura responder e ao desdobrar o assunto, Haddad afirmou que muitas mulheres não sobrevivem, mencionou a importância de preservar a cena do crime.

“Você é a favor de uma polícia mais capacitada para a preservação da cena do crime, das provas, para estar fardada com o nome e a câmera no uniforme? Ou você acha que a transparência prejudica atividade policial?”, disse Haddad.

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Transparência

Tarcísio respondeu: “Transparência sempre ajuda, preparo sempre ajuda”. No entanto, não mencionou as câmeras nos uniformes. O candidato do Republicanos seguiu fazendo elogios a polícia de São Paulo e defendendo uma remuneração melhor.

“Você fala em transparência, mas aconteceu um episódio essa semana delicado. Eu quero te dar a oportunidade para você falar, que foi o fato de um amigo seu, do Ministério da Infraestrutura, que faz a segurança para você, pediu para um cinegrafista apagar imagens que ele tinha filmado em Paraisópolis onde aconteceu uma morte, não sabemos em que condições isso vai ser apurado, vai ser investigado. Você concorda com a atitude dele?”, disse Haddad.

Tarcísio acusou o oponente de “fazer sensacionalismo com uma coisa séria”. O ex-ministro da Infraestrutura reiterou que o pedido ocorreu para preservar as segurança dos profissionais envolvidos.

“A campanha vai acabar, mas a vida das pessoas prossegue. A preocupação foi com a segurança, porque no final nos fomos abordados por criminosos”, argumentou Freitas.

Sigilo das imagens

Haddad retrucou dizendo que divergia do candidato adversário: “Se você tem uma imagem que você acha que pode colocar em risco a vida de alguém, para quem você leva? Você apaga ou leva para a autoridade policial? A autoridade policial que decide manter ou não em sigilo.”

O petista chamou de “absurdo” o procedimento feito pela equipe de Tarcísio. “Não se destrói provas, evidências, se confia na autoridade policial”, conclui Haddad.

Tarcísio respondeu dizendo que “não tem nada para esconder” e ainda chamou a abordagem do tema de “narrativa” e “sensacionalismo”.