Senadores reúnem mínimo de assinaturas para CPI do assédio eleitoral

Senadores reúnem mínimo de assinaturas para CPI do assédio eleitoral

A leitura deverá ser feita em plenário ainda hoje pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O requerimento é do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que afirmou ter o mínimo de apoio na Casa.

A instalação, no entanto, deverá ser feita apenas depois do segundo turno eleitoral.

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No documento elaborado pelo senador, ele solicita o prazo de 90 dias para que as denúncias sejam apuradas pelos integrantes do CPI.

Segundo ele, há denúncias de ameaças a trabalhadores para que os votos sejam destinados a Bolsonaro: “A prática é criminosa e ataca o direito de escolha dos eleitores e das eleitoras, em mais uma odiosa agressão à democracia em meio ao processo eleitoral”, argumenta o senador.

“Tais fatos precisam ser investigados, até porque, além do aspecto político e moral envolvidos na questão, caso sejam confirmados os fatos – e os elementos de prova colhidos até agora são muito robustos –, estariam caracterizados também vários crimes eleitorais”, diz o documento.

Assédio eleitoral configura na utilização de um espaço de autoridade (como a chefia de uma empresa, liderança religiosa ou mesmo a de prefeito de um município) para pressionar eleitores a votar em determinado candidato.

De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério Público do Trabalho, até a última segunda-feira (24/10), foram registradas 1.027 ocorrências. A maior parte dos casos foram registrados na região Sudeste (422), sendo Minas Gerais o estado que lidera o ranking de maior número de denúncias (286). A região Sul é a segunda com mais casos (422), a terceira é a Nordeste (187), seguida pela Centro-Oeste (87) e Norte (29).

O número é cerca de 5 vezes maior do que o registrado em toda a campanha eleitoral de 2018. À época, o MPT recebeu 212 denúncias de assédio eleitoral envolvendo 98 empresas.

Assinaturas já confirmadas:1 – Sen Alexandre Silveira (Autor) 2- Sen Jean-Paul Prates (Líd/Min) 3 – Sen Randolfe Rodrigues (Líd/Opo) 4 – Sen Renan Calheiros (Líd/Mai) 5 – Sen Oriovisto Guimarães (Líd/POD) 6 – Sen Paulo Rocha (Líd/PT) 7 – Sen Leila Barros (Líd/PDT) 8 – Sen Dário Berger (Líd/PSB) 9 – Sen Carlos Fávaro (PSD/MT) 10 – Sen Omar Aziz (PSD/AM) 11 – Sen Humberto Costa (PT/PE) 12 – Sen Kajuru (POD/GO) 13 – Sen Rogério Carvalho (PT/SE) 14 – Sen Jaques Wagner (PT/BA) 15 – Sen Zenaide Maia (PROS/RN) 16 – Sen Simone Tebet (MDB/MS) 17 – Sen Fabiano Contarato (PT/ES) 18 – Sen Alessandro Vieira (PSDB/SE) 19 – Sen Álvaro Dias (POD/PR) 20 – Sen Nilda Gondim (MDB/PB) 21 – Sen Mara Gabrilli (PSDB/SP) 22 – Sen Eliziane Gama (CID/MA) 23 – Sen Tasso Jereissati (PSDB/CE) 24 – Sen Júlio Ventura (PDT/CE) 25 – Sen Marcelo Castro (MDB/PI) 26 – Sen Otto Alencar (PSD/BA) 27 – Sen Veneziano Vital do Rego (MDB/PB) 28 – Sen Jader Barbalho (MDB/PA)