TSE derruba propagandas de Lula e Bolsonaro por informações falsas
Mais cedo, a ministra Maria Claudia Bucchianeri não autorizou que Lula apresentasse inserções de 30 segundos, cada, e que já haviam sido retiradas do ar pela Corte. Em uma delas, o petista acusa Bolsonaro de envolvimento com milícias e casos de corrupção.
Em outra publicidade, o petista compara a família do atual presidente a uma quadrilha, citando casos de rachadinha envolvendo o filho e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), enquanto ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, por sua vez, determinou que fosse retirada do ar uma propaganda de Bolsonaro veiculada no domingo (16/10), em que acusava o petista de “desprezo” pelos brasileiros. Na decisão, o magistrado argumento que a campanha bolsonarista teria usado uma fala de Lula de forma descontextualizada.
Na ocasião, em maio de 2020, Lula afirmou o seguinte sobre a pandemia da Covid-19: “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar, que apenas o estado é capaz de dar solução a determinadas crises”.
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes participa de coletiva de imprensa no TSE 8Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes participa de coletiva de imprensa no TSE 1Maria Claudia Bucchianeri PinheiroMaria Cláudia Bucchianerifoto-montagem-lula-e-bolsonaro-discursam-bandeira-do-brasil-eleicoes-20220Mancha vermelha
Em outra ação da campanha petista, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino determinou a exclusão de um áudio sobre um grupo chamado “Mancha Vermelha”, que seria ligada ao PT, que teria o poder de rastrear os votos de seus integrantes.
A fake news foi postada pela página “Movimento do Povo Brasileiro”. As redes sociais Facebook, Twitter e YouTube têm 24 horas para apagar a notícia falsa ou terão de pagar multa de R$ 50 mil.
“Verifica-se que as publicações impugnadas contêm áudio manipulado com fatos manifestamente inverídicos, produzido para ofender a honra e a imagem de candidato ao cargo de presidente da República (Lula)”, escreveu o ministro Sanseverino.
Judicialização massiva
Desde antes do início das eleições, ambas as campanhas têm recorrido ao TSE na tentativa de derrubar ou contestar publicidades e propagandas de cunho eleitorais que, na visão dos respectivos candidatos, violavam a legislação eleitoral.
A campanha de Lula é quem mais judicializa. Foram mais de 130 processos na Justiça Eleitoral desde o início do ano, enquanto a campanha de Bolsonaro recorrer ao TSE em 22 oportunidades.
No mais recente embate entre os presidenciáveis, a bancada do PSol na Câmara apresentou uma notícia-crime contra o atual mandatário do país, após declarações do presidente sobre venezuelanas.
Na entrevista, Bolsonaro afirma ter entrado numa casa, em São Sebastião, onde havia dezenas de meninas pré-adolescentes de 14 ou 15 anos, depois que “pintou um clima”, quando ele passava no local de motocicleta.
Em resposta, a defesa de Bolsonaro acionou o TSE para impedir que o PT utilizasse as gravações nas redes sociais para desgastar a imagem do presidente.